Autópsia lança dúvidas sobre a morte do milionário Jeffrey Epstein.
Acusado de abuso de menores, Epstein tinha uma agenda comprometedora para famosos e milionários.
Foto: EPA/JASON SZENES
O Jornal The Washington Post publicou hoje, 15, que a autópsia do magnata norte-americano Jeffrey Epstein, acusado de abuso de menores e encontrado morto na sua cela no passado dia 10 de agosto, revelou múltiplas lesões — ossos partidos — no seu pescoço, aumentando as dúvidas sobre as circunstâncias em que a sua morte ocorreu. Em um primeiro momento a polícia havia informado que o magnata teria cometido suicídio.
Entre as lesões verificadas pelos legistas, no corpo de Epstein havia uma ruptura no osso hióide, que nos homens fica no pescoço, junto ao pomo de Adão. Este é o tipo de lesão que pode ocorrer em pessoas que se suicidam por enforcamento, principalmente em pessoas mais velhas, mas são mais comuns em vítimas de homicídio por estrangulamento, escreve o jornal, citando especialistas forenses.
O milionário norte-americano foi acusado de criar uma rede de abuso de menores em suas mansões e foi encontrado morto na prisão onde estava detido desde 6 de julho.
Questionada sobre as lesões, a médica forense Barbara Sampson, que foi responsável pela autopsia, disse em comunicado que nenhum fator isolado numa autopsia pode dar uma resposta conclusiva para o que aconteceu.
No mês de julho, o multimilionário já tinha sido encontrado deitado no chão da sua cela com ferimentos no pescoço. Ele havia ficado de esclarecer se as feridas foram autoinfligidas ou provocadas por terceiros, mas não houve tempo para isto