Autor de latrocínio em Salvador foi identificado após exame de DNA em 'bituca' de cigarro
O material genético do autor foi coletado em 2018, quando ele estava preso por outro crime, e posteriormente foi comparado com vestígio encontrado na cena do crime
Foto: Imagem ilustrativa/pixabay
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia anunciou, na terça-feira (10), a elucidação da morte do engenheiro Sérgio de Brito Domingos. O homem apontado como autor do latrocínio, ocorrido em 2015, no bairro da Barra, em Salvador, confessou o crime após ser identificado através do confronto de materiais genéticos encontrados na bituca de um cigarro deixado na cena no crime.
"Ele não estava nem entre os suspeitos. Depois que a gente teve esse indicativo, oriundo da Polícia Técnica, que a gente realmente conseguiu colocá-lo no lugar do fato e depois do interrogatório dele que houve a confissão", disse a delegada Mariana Ouais, titular da 14ª DT e responsável pelo caso.
O suspeito de 31 anos cumpre pena na Penitenciária Lemos de Brito pelos crimes de latrocínio e furto.
"Como houve uma confissão, a gente não tem brechas, não tem portas abertas para questionamentos. É uma prova técnica e durante o interrogatório, ele confessou o ocorrido", contou a delegada.
Na análise foi comprovada a compatibilidade entre os genes achados nos materiais espalhados pelo apartamento da vítima com os do autor. De acordo com a SSP, a resolução só foi possível após o DPT baiano iniciar, em 2018, dentro de unidades do sistema prisional, um trabalho de coleta de DNA de suspeitos condenados por crimes graves e inseri-los no BNPG.
Ainda segundo a SSP, em janeiro deste ano, as equipes de genética forense, responsáveis por realizar os exames dos materiais coletados e gerenciar o banco de dados, detectaram a conexão dos materiais biológicos, apontando o principal suspeito do crime.
Os dados do autor foram inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), após o trabalho de investigação da 14ª Delegacia Territorial (DT) da Barra e de peritos da Coordenação de Genética Forense do Laboratório Central de Polícia Técnica (LCPT).
Após ser identificado, o homem foi interrogado durante seis horas pela delegada Mariana Ouais.
“Ele não aparentava estar arrependido por ter tirado uma vida, mas sim por que isso agravaria a pena. Durante a conversa ele tentava fugir dos assuntos, mas chegou o momento que ele confessou todo o crime”, explicou.
O inquérito foi concluído com o indiciamento do suspeito pelo crime de latrocínio e, se condenado, a pena poderá chegar a 30 anos de prisão.