Autoridades buscam pistas que esclareçam motivações do atirador que tentou assassinar Donald Trump
Crooks, de 20 anos, foi morto pelo Serviço Secreto depois de disparar em direção a Donald Trump durante comício na Pensilvânia no sábado (13)
Foto: Reprodução/TV Globo
Investigadores procuram por pistas que apontem a motivação que levou Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, a cometer o atentado contra o ex-presidente Donald Trump, no último sábado (13).
Segundo informações da Associated Press, o FBI disse que investigava o caso como um possível ato de terrorismo doméstico, no entanto, a ausência de um motivo ideológico claro alimentou teorias conspiratórias.
Thomas Matthew foi morto pelo Serviço Secreto quando estava num telhado a menos de 150 metros de onde Trump discursava. Além dele, um ex-chefe de bombeiros da região, Corey Comperatore, foi morto no atentado e dois espectadores ficaram gravemente feridos.
Ele usou um fuzil AR-15, que as autoridades acreditam ter sido comprado por seu pai e parecia usar uma camiseta do Demolition Ranch, um canal popular do YouTube que posta vídeos de disparos de pistolas e fuzis em alvos que incluem manequins humanos.
O FBI acredita que o suspeito tinha materiais para fabricação de bombas no carro que dirigiu até o comício, e agiu sozinho. Os investigadores não encontraram comentários ameaçadores em suas contas de mídia social, nem posições ideológicas que pudessem ajudar a explicar o atentado.
Participantes do comício relataram aos policiais locais que Thomas Matthew estava agindo de maneira suspeita. Os agentes o procuraram, mas não conseguiram encontrá-lo antes que ele chegasse ao telhado.
Posicionamentos políticos
As inclinações políticas do suspeito não estão claras. Registros mostram que ele estava registrado como eleitor republicano na Pensilvânia, mas relatórios federais de financiamento de campanha também mostram que ele doou US$ 15 a um comitê político progressista em 20 de janeiro de 2021, dia em que Biden assumiu o cargo.
Investigadores não encontraram comentários ameaçadores em suas contas de mídia social nem posições ideológicas que pudessem ajudar a explicar por que ele mirou em Trump.
Bullying
Crooks se formou na Bethel Park High School em 2022. Ele chegou a tentar entrar na equipe de tiro da escola, mas foi rejeitado porque não era um bom atirador, segundo Frederick Mach, capitão atual da equipe.
Jason Kohler, que disse ter frequentado a mesma escola secundária, afirmou que Crooks era vítima de bullying na escola e ficava sozinho na hora do lanche. Outros estudantes zombavam dele pelas roupas que usava, incluindo roupas de caça, disse Kohler.
"Ele era vítima de bullying quase todos os dias", disse Kohler aos repórteres. "Ele era apenas um excluído, e você sabe como as crianças são hoje em dia."
O caso
Trump disse que foi baleado e atingido por uma bala na “parte superior da orelha direita”. Ele disse em uma declaração do Truth Social que “soube imediatamente que algo estava errado, pois ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele”.
O candidato foi retirado do palco em um comício após tiros serem ouvidos na Pensilvânia. Jornalistas que estavam no local relataram que ouviram “uma série de fortes explosões ou estrondos” antes que agentes do Serviço Secreto corressem em direção a ele.