Autotestes de Covid-19: Anvisa decide liberação nesta quarta-feira (19)
Ministério da Saúde pediu autorização para que brasileiros possam comprar teste em farmácias e fazer exame em casa
Foto: Ernesto r. Ageitos/Getty Images
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de diretoria colegiada, decide nesta quarta-feira (19) a liberação dos autotestes de Covid-19 no Brasil. A reunião está prevista para começar às 15h.
O pedido de autorização do uso dos autotestes foi feito pelo Ministério da Saúde, sendo apresentado na semana passada.
A solicitação da pasta ocorre em um momento em que a procura por testes rápidos no Brasil cresce vertiginosamente na rede assistencial de saúde, devido à expansão da variante Ômicron pelo país.
Como consequência, o estoque de exames de detecção da Covid-19 está se esgotando em algumas capitais brasileiras. Tendo como base esse cenário, o Ministério da Saúde argumenta que liberar os autotestes pode desafogar os serviços de saúde e ampliar as oportunidades de testagem para pessoas com suspeita da doença.
"A autotestagem é uma estratégia adicional para prevenir e interromper a cadeia de transmissão da Covid-19, juntamente com a vacinação, o uso de máscaras e o distanciamento social. Os autotestes podem ser realizados em casa ou em qualquer lugar, são fáceis de usar e produzem resultados rápidos", destaca a pasta na nota técnica enviada à Anvisa para pedir a aprovação dos exames próprios contra a Covid-19.
O autoteste solicitado é o antígeno - aquele em que o resultado está disponível em menos de uma hora. O pedido do Ministério da Saúde é para que os exames possam ser vendidos em farmácias e drogarias.
"O uso de autoteste pode ser uma excelente estratégia de triagem, pois devido ao curto tempo para o resultado, pode-se iniciar rapidamente o isolamento dos casos positivos e as ações para interrupção da cadeia de transmissão", destaca a pasta.
A Anvisa não permite que exames de antígeno sejam realizados em casa. Apenas as farmácias realizam o procedimento. Esse tipo de teste de detecção do coronavírus possui uma sensibilidade considerada alta. O exame se dá por meio da coleta de material do nariz com um cotonete ou por saliva. Mas, ainda assim, a sensibilidade é considerada menor que a de outros exames (como o PCR) e está sujeito a erro por parte do paciente não treinado.