Política

Aziz pede que STF suspenda inquérito sobre divulgação de dados sigilosos da CPI

A investigação foi aberta pela Polícia Federal no dia 4 de agosto

Por Da Redação
Ás

Aziz pede que STF suspenda inquérito sobre divulgação de dados sigilosos da CPI

Foto: Pedro França/Agência Senado

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), pediu, nesta quinta-feira (12), que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendesse um inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) que investiga supostos vazamentos de depoimentos sigilosos da comissão. O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) avisou que a comissão entraria no Supremo contra medida no dia 4 de agosto, em que o inquérito foi divulgado.

Os depoimentos vazados dizem respeito às supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin e sobre as suspeitas de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no acontecimento. O pedido de suspensão do inquérito foi protocolado pelo senador no final da noite de ontem (11).

Para Aziz, "não há dúvida, assim, que a investigação mira as autoridades parlamentares que, segundo consta na nota, teriam recebido documentos sensíveis da Polícia Federal com o alerta de que os dados neles contidos estavam acobertados por sigilo." No entanto, o documento emitido pela PF não aponta os parlamentares como investigados no inquérito.

No documento, o senador também acusa a Polícia Federal de "abuso de autoridade", por investigação. 

"A instauração desse inquérito policial para escrutinar um inquérito parlamentar configura evidente desvio de finalidade, excesso de poder e abuso de autoridade.", argumentou.

Um dos dois depoimentos vazados teria sido o da diretora-executiva da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, em que fala sobre as exigências do Ministério da Saúde para a negociação com a representante da Covaxin para a compra dos imunizantes, superfaturados em US$1 por dose.

"Diferente, né, na contramão do que as outras produtoras, representante, vinham fazendo muito, e pedindo que o ministério se responsabilizasse pelo produto, e que enfim houvesse por exemplo pagamento antecipado (...) A velocidade se deu principalmente por conta disso, pela falta da resistência da Precisa em atender às cláusulas do Ministério da Saúde", disse ela em depoimento divulgado.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário