Bahia: 8 em cada 10 pessoas com deficiência viviam com até R$ 998 na Bahia, diz IBGE

Na Bahia, em 2019, cerca de 1,182 milhão de pessoas com deficiência (79,6%) viviam em domicílios com rendimento mensal per capita menor que um salário mínimo, o que, na época, correspondia a menos de R$ 998 por pessoa. É o que aponta os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por outro lado, a proporção de pessoas com deficiência que recebiam algum benefício social era maior do que a de pessoas sem deficiência, tanto na Bahia (41,9% e 38,5%, respectivamente) quanto país como um todo (26,6% e 21,3%, nesta ordem).

No mesmo ano, viviam 1,485 milhão de pessoas de 2 anos ou mais de idade com pelo menos uma deficiência visual, auditiva, física ou mental. O percentual de pessoas com deficiência no estado (10,3%) ficou acima do verificado em todo o país e foi o 4º maior entre as 27 unidades federativas. 

Acima da Bahia, aparece Sergipe (12,3%), Paraíba (10,7%) e Ceará (10,6%). No outro extremo, ficavam Distrito Federal (5,2%), Mato Grosso (5,6%) e Roraima (5,9%). Em números absolutos, apenas São Paulo (3,316 milhões) e Minas Gerais (1,976 milhão) superavam o estado baiano.

No estado baiano, 1,7% das crianças de 2 a 9 anos tinham ao menos uma deficiência (26 mil pessoas); entre as pessoas com 10 a 17 anos, a proporção era de 3,3% (60 mil); subia para 4,0% na faixa de 18 a 29 anos (101 mil pessoas); era de 5,3% entre as pessoas 30 a 39 anos (124 mil); mais que dobrava, para 13,3%, na faixa de 40 a 59 anos (521 mil pessoas) e atingia seu ponto máximo entre os idosos de 60 anos ou mais de idade, quando quase 3 em cada 10 pessoas (27,5% ou 654 mil) tinham ao menos uma deficiência.

Analfabetismo 

No Brasil, em 2019, a taxa de analfabetismo entre as pessoas com deficiência alcançava 24,9%, ou seja, 2 em cada 10 pessoas de 10 anos ou mais de idade não sabiam nem ler e nem escrever. Na Bahia, a diferença foi de um pouco menor, onde quase 4 em cada 10 pessoas com 10 anos ou mais com deficiência eram analfabetas. A taxa de analfabetismo entre as pessoas com deficiência era quase quatro vezes aquela entre as pessoas sem deficiência (10,8% destas não sabiam ler nem escrever).

Saneamento básico

A proporção de pessoas com ao menos uma deficiência que moravam de domicílios atendidos pelos três serviços de saneamento básico (esgotamento sanitário, abastecimento de água por rede geral e coleta de lixo direta ou indireta) também era menor do que a já baixa proporção entre as pessoas sem deficiência: 46,6% frente a 50,6%.

Acesso à internet

O acesso à internet também era, em média, menor entre as pessoas com deficiência. Na Bahia, em 2019, 64,3% delas moravam em domicílios com acesso à internet frente a 80,6% das pessoas sem deficiência. No Brasil como um todo, a diferença também era significativa: 68,8% das pessoas com deficiência moravam em domicílios com acesso à Internet, frente a 86,1% das pessoas sem deficiência.