Bahia chega a 984 casos registrados de febre oropouche
Doença viral é transmitida pelo inseto conhecido popularmente como maruim ou muruim
Foto: Divulgação/Sesab
A Bahia chegou à marca de 984 casos registrados de febre oropouche em setembro. De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), cidades como Amargosa, Elísio Medrado e Jaguaripe tiveram aumentos nos diagnósticos nas últimas semanas.
Ao todo, desde o dia primeiro deste mês, a doença foi mapeada em 61 municípios no estado – um a mais em relação aos últimos registros de agosto. Com a alta de pessoas contaminadas pela doença, a Sesab intensificou ações de combate ao mosquito nas regiões em que houve registros da doença.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia afirma que não há um cenário de ameaça iminente, mas informou que o governo está em alerta. Técnicos do órgão têm feito captura de mosquitos transmissores da doença para mapear se eles estão infectados, e definir um panorama epidemiológico.
A principal orientação para prevenir a doença é o uso de repelente e roupas compridas. Em caso de sintomas, que incluem incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, semelhantes aos de outras arboviroses como a dengue e a chikungunya, deve-se buscar uma unidade de saúde.
Histórico da doença
No dia 25 de julho, o Ministério de Saúde confirmou a informação de que as duas primeiras mortes registradas por Febre Oropouche no mundo, teriam ocorrido na Bahia. Até então, não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbito pela doença.
Segundo a Sesab, os dois primeiros óbitos por Febre Oropouche no estado ocorreram na região do baixo sul. O primeiro foi registrado no dia 17 de junho. A paciente tinha 24 anos, morava em Valença e a morte aconteceu no mês de março. Enquanto no dia 22 de julho, foi registrada a segunda morte, a paciente tinha 21 anos. O óbito aconteceu em maio deste ano, mas só foi divulgado depois porque, assim como no primeiro caso, diversos exames precisaram ser feitos para confirmar a causa do óbito.
A Sesab declarou que as mulheres foram internadas e apresentavam sintomas como febre alta, dor de cabeça, náuseas, vômito, diarreia, dores em membros inferiores, dor retroorbital, dores musculares, além de fraqueza, falta de energia e cansaço.
Os sintomas evoluíram com sinais mais graves, como sangramentos nasal, gengival e vaginal, hipotensão, queda brusca de hemoglobina e plaquetas até o óbito.