Bahia deve ser o segundo estado do Nordeste mais afetado por tarifa imposta pelos EUA, diz estudo
Produtos mais impactados devem ser cacau, pneumáticos, óleos e frutas

Foto: Reprodução/Pixabay
Se a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros entrar em vigor em 1º de agosto, a Bahia será o segundo estado mais afetado do Nordeste.
Segundo um levantamento da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Bahia, Ceará e Maranhão foram responsáveis por 84,1% das exportações nordestinas aos EUA em 2025.
Entre janeiro e junho deste ano, o Nordeste exportou US$ 1,58 bilhão (cerca de R$ 8,7 bilhões) para os norte-americanos. Na Bahia, os produtos mais impactados devem ser o cacau (US$ 46 milhões), pneumáticos (US$ 42 milhões), além de óleos e frutas.
•Veja quais são os estados brasileiros mais afetados por taxação de 50% dos EUA
• Entenda como tarifaço de 50% de Trump pode impactar nas exportações de carne do Brasil aos EUA
Para o coordenador da Sudene, José Farias, a sobretaxa compromete a competitividade de produtos com valor agregado médio e pode provocar prejuízos diretos e indiretos.
“O aumento absurdo da tarifa levará os compradores norte-americanos a buscarem outros fornecedores, o que impacta não apenas o PIB e o emprego, mas toda a cadeia produtiva, inclusive a dos produtos primários, como o cacau”, afirmou.
No total, Bahia, Maranhão, Ceará e Pernambuco exportaram cerca de US$ 2,5 bilhões aos EUA em 2024. Com a nova tarifa, a Sudene prevê uma “perda significativa” para a economia da região.
LEIA TAMBÉM:
• Governo Lula pode solicitar aos EUA 90 dias para negociar taxação, diz presidente da Apex
• STF não vai se manifestar sobre taxação de Trump contra o Brasil