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Bahia é 2º estado com mais mortes no trânsito, aponta anuário da PRF

Psicóloga alerta para impacto de fatores emocionais e excesso de confiança ao volante

Por Da Redação
Às

Atualizado
Bahia é 2º estado com mais mortes no trânsito, aponta anuário da PRF

Foto: Divulgação/PRF

A Bahia aparece como o segundo estado com maior número de mortes no trânsito em 2024, de acordo com o anuário da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado neste ano de 2025. Foram 619 vítimas fatais em rodovias federais, ficando atrás apenas de Minas Gerais (794) e à frente do Paraná (607).

O levantamento nacional contabilizou 6.160 mortes em acidentes de trânsito no Brasil em 2024, o que equivale a mais de 16 óbitos por dia. Ao todo, 73.156 acidentes foram registrados, deixando mais de 54 mil pessoas feridas, média de 200 ocorrências por dia.

Na Bahia, dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI) apontam ainda que, no mesmo ano, foram registradas 2.993 mortes em Acidentes de Transportes Terrestres (ATT), o que representa uma média de oito vítimas fatais por dia e um aumento de 5,1% em relação a 2023. Desde o ano 2000, o estado acumula 50 mil vítimas fatais em ATT, com 2024 registrando a maior taxa de vitimização: 20,2 óbitos a cada 100 mil baianos.

Segundo a PRF, a maior parte das ocorrências aconteceu entre sextas e domingos, no período das 17h às 19h. O tipo de acidente mais comum foi a colisão traseira. As vítimas estavam, em sua maioria, em veículos de passeio (2.210 mortes), seguidas por motociclistas (2.024) e caminhoneiros (599).

O relatório ainda mostra quase 9,5 milhões de infrações registradas no país em 2024, o maior número desde 2007. As principais foram excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas e não uso do cinto de segurança.

Fatores emocionais

Para a psicóloga Estela Mares, docente do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, além da fiscalização, é essencial investir em campanhas de conscientização que abordem também aspectos emocionais que afetam a conduta dos motoristas.

“O uso do celular ao volante já é a terceira maior causa de mortes no trânsito no Brasil, gerando cerca de 154 óbitos por dia, segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego. Portanto, ações efetivas cabem aos órgãos públicos fiscalizadores, mas é dever de todos nós adotar novos hábitos”, explica.

A especialista alerta ainda para a influência do estresse, da raiva, da fadiga e até do uso de substâncias como álcool e drogas. “Esses fatores prejudicam a tomada de decisão. O motorista precisa ter mais atenção à forma como lida com as emoções, exercitar empatia e respeito no trânsito”, reforça.

Confira algumas recomendações e dicas da profissional

Planejamento e organização, ajuda a garantir que o motorista tenha distrações desnecessárias que fatalmente podem contribuir para a quebra do equilíbrio emocional necessário. Assim, antes de iniciar a viagem, é importante planejar o percurso, realizar revisões do veículo, certificar-se de estar descansado e evitar a fadiga ao volante com paradas regulares a cada duas horas ou 150-200 km;

Atenção e foco, onde o equilíbrio consiste em evitar distrações, mas também não se tornar excessivamente obcecado ou ansioso com a condução, o que pode levar à tensão e ao estresse;

Paciência e calma, que são importantes em momentos como congestionamentos, atrasos ou comportamentos imprudentes de outros motoristas. Ter paciência e manter a calma garantem tomadas de decisões racionais e seguras, evitando respostas impulsivas ou agressivas;

Autoconfiança e modéstia, uma vez que a autoconfiança pode ser suficiente para lidar com as situações emergentes na condução, mas sem se tornar excessivamente confiante e, desta forma, negligente;

Responsabilidade e respeito, implicando em seguir as leis de trânsito, respeitar os outros usuários da via e cuidar da segurança de si mesmo e dos demais;

Consciência situacional e adaptabilidade, onde estar consciente do ambiente ao redor monitorando constantemente a estrada, os outros veículos e as condições da via. Além disso, a capacidade de se adaptar a diferentes situações de trânsito, como mudanças climáticas, congestionamentos ou imprevistos, é importante.

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