Bahia lidera número de assassinatos a lideranças políticas no Brasil

Um levantamento do Grupo de Investigação Eleitoral (Giel) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) mostra que, no primeiro semestre de 2023, 40 lideranças políticas foram assassinadas no Brasil. Desse total, cinco mortes ocorreram na Bahia, estado que lidera a lista. Além disso, os dados mostram que 14 familiares dessas pessoas foram mortas no país nesse período. 

Ao todo, líderes políticos e seus pais foram envolvidos em 217 casos de violência, incluindo ameaças, agressões, homicídios, atentados e sequestros. O Grupo de Investigação Eleitoral começou a monitorar esses casos no Brasil desde janeiro de 2019, e até junho de 2023, foram contabilizadas 1.775 ocorrências gerais.

Estados e perfil das vítimas

Com relação aos estados e ao perfil das vítimas, dos 40 assassinatos de líderes políticos e seus familiares, cinco ocorreram na Bahia, seguidos pelo Piauí e Rio de Janeiro, cada um com quatro casos. Dez unidades federativas não registraram homicídios de líderes políticos no primeiro semestre de 2023, sendo elas: Acre, Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Pará, Roraima, Rio Grande do Sul, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

O levantamento revela que os homens são as principais vítimas da violência política, com 179 episódios registrados, enquanto as mulheres foram vítimas em 38 casos. Quanto ao perfil etário, as vítimas compreendem políticas de liderança entre 22 e 80 anos, sendo que a faixa mais atingida entre janeiro e junho está entre 40 e 49 anos, com 73 vítimas.