Bahia lidera ranking nacional de 19 tipos minerais
Diversidade garante boa coloacação do Estado
Foto: Atlantic Nickel Divulgação
Conforme dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), em 2021, a Bahia registrou a produção de 54 tipos de minerais, dos quais, liderou a produção de 19. Níquel, diamante e vanádio são alguns dos minérios e metais preciosos em que a arrecadação da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) é superior à de outros estados.
Um dos grandes destaques, já em 2022, é o níquel. Com a disparada de preços devido a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o minério registrou alta histórica, gerando uma série de preocupações, podendo inclusive ocasionar a suspensão da produção dos carros elétricos. A produção baiana é realizada no município de Itagibá, pela Atlantic Nickel, única produtora de níquel sulfetado no país e que no início de abril, realizou o seu quarto embarque para exportação, este ano, totalizando mais de 29 mil toneladas comercializadas.
“Observar o que já alcançamos nos dá ainda mais energia para trilhar o caminho de novas realizações que temos pela frente. Enquanto celebramos os nossos resultados crescentes, estamos certos de que cumprimos também o compromisso primordial com a sustentabilidade. Operamos um modelo de produção eficiente, que não perde de vista o propósito de promover o desenvolvimento socioeconômico de Itagibá e região”, destaca o diretor geral de operações, Ricardo Campos.
Outros minerais
Uma das pedras mais cobiçadas para a fabricação de joias e também considerado o material mais duro do mundo, é encontrada na cidade de Nordestina e produzida pela empresa Lipari Mineração. A mina entrou em operação comercial em julho de 2016 e atualmente é a maior produtora de diamantes do Brasil. A empresa é responsável por mais de 80% da produção nacional.
De acordo com o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, a Bahia hoje é um dos principais pólos minerais do Brasil. “Temos uma grande diversidade mineral e ela é muito importante para os resultados que vemos hoje, que sem dúvidas são fruto de um extenso trabalho que a CBPM realizou ao longo dos seus quase 50 anos, ao mapear 100% do território baiano. Somos grandes produtores de água mineral e possuímos a segunda maior reserva de gemas do país. Muita gente não sabe, mas somos os maiores produtores de talco e os únicos de urânio do Brasil.", destaca Tramm.
Logística ainda é um problema
Atualmente, o estado sofre com a ausência de linhas ferroviárias. Mas a situação deve melhorar com o inicio das operações da Fiol (Ferrovia Oeste-Leste). A situação fica ainda mais crítica com o abandono das linhas da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que estão cedidas a VLI e que nos últimos 25 anos precarizou o sistema, ao não realizar as manutenções devidas, além de desativar grande parte das linhas que cortam a Bahia.
“O que eles fizeram nos últimos 25 anos para a Bahia? Qual o projeto deles? Quem garante que nos próximos 25 anos o trem vai voltar a transportar mercadorias e pessoas, como ocorria no início do contrato de concessão? É preciso que a Agência Nacional de Transportes (ANTT) cobre da VLI os prejuízos e não permita que uma renovação de concessão seja realizada sem as consultas públicas que foram solicitadas”, enfatiza Tramm.
Sabia mais sobre a mineração baiana
Para saber tudo que foi produzido em bem minerais na Bahia, acesso o site: www.cbpm.ba.gov.br.