Bahia: produção irrigada no Baixio do Irecê apresenta primeiros resultados
Inicialmente o projeto prevê a implantação de fruticultura, com banana e limão
Foto: Divulgação
O projeto de Irrigação do Baixio de Irecê, localizado na região do Médio São Francisco, nos municípios de Itaguaçu da Bahia e Xique-Xique, na Bahia, começa a apresentar resultados, com geração de renda e desenvolvimento na região. As áreas que compõem as Etapas 1 e 2 estão iniciando o processo produtivo, tanto para o consumo regional quanto para o mercado nacional. O projeto, que usa águas do Rio São Francisco, tem o maior número de hectares irrigáveis da América Latina, cerca de 48 mil.
As etapas 1 e 2 ocupam 16,5 mil hectares. Os lotes com áreas irrigáveis foram concedidos, por meio de edital, a 132 pequenos agricultores e a 17 empresas. O planejamento agrícola para início do processo produtivo prevê a implantação de fruticultura, com ênfase para o plantio de banana e limão nos lotes de pequenos agricultores, e de grãos na área empresarial, sendo o milho para a primeira safra.
A previsão é que os irrigantes invistam em seus lotes cerca de R$ 330 milhões em até quatro anos. Ao fim desse período, as duas etapas devem estar em plena produção, gerando cerca de 50 mil empregos diretos e um faturamento bruto de R$ 500 milhões por ano. Com isso, a expectativa é duplicar o Produto Interno Bruto (PIB) e melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das duas cidades que sediam o polo.
Coordenador do projeto pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Sérgio Coelho destaca a importância de um projeto como o do Baixio do Irecê. "Nós vamos criar mais de 150 mil empregos nos próximos 10 anos. É muito rápida a irrigação e com um custo relativamente barato em relação a outro tipo de indústria. Então, o projeto significa uma redenção para a região", afirma Coelho.
Próximas etapas
As etapas da 3 a 9 ocuparão 31,5 mil hectares irrigáveis e receberão investimento de R$ 1,2 bilhão da iniciativa privada. Estima-se que, nos próximos nove anos, devam estar funcionando. Nessas condições, há a expectativa de que sejam gerados 110 mil empregos diretos e indiretos.