Bahia: proporção de jovens estudantes cai pelo 3º ano seguido e alcança menor patamar desde 2016, diz IBGE
Foram pouco mais de 34 mil alunos a menos de 2022 para 2023
Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília
A proporção de jovens baianos, com idades entre 18 e 24 anos, que estavam estudando em 2022 e 2023 teve uma queda de 30,4% para 29,9%, representando uma diminuição de 34 mil estudantes de um ano para o outro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa queda é registrada pelo terceiro ano consecutivo e atingiu o menor número absoluto (455 mil) desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) para esse indicador, em 2016.
No ano passado, a proporção de pessoas frequentando creche, escola ou universidade, independente da idade, continuou em declínio em comparação com 2022, passando de 27,9% para 27,5%.
Durante o período de 2022 a 2023, apesar da queda na taxa de escolarização de jovens entre 18 e 24 anos, houve um aumento na proporção de pessoas dessa faixa etária cursando o Ensino Superior, que passou de 15,0% para 17,1%. No entanto, esse ainda permaneceu como o menor percentual do país.
Se 29,9% dos jovens baianos de 18 a 24 anos estavam estudando, pouco mais da metade deles (17,1% do total) estavam no Ensino Superior (cerca de 260 mil pessoas), o que significa que 42,8% dos jovens nessa faixa etária que estavam estudando estavam atrasados, ou seja, em etapas anteriores do ciclo escolar (cerca de 195 mil pessoas).
Em 2023, a proporção de pessoas com Ensino Superior também foi maior entre as mulheres (13,9%) do que entre os homens (9,7%), e entre as pessoas de cor branca (18,9%) do que entre as de cor preta ou parda (10,3%).
Em relação às desigualdades na frequência à universidade entre pessoas de 18 a 24 anos, o número é maior por sexo do que por cor ou raça. Entre as mulheres nessa faixa etária, 22,3% estão na universidade, em comparação com 11,8% dos homens. Já entre as pessoas de 18 a 24 anos que se declaram brancas (independentemente do sexo), a proporção de estudantes universitários é de 23,5%, em contraste com 15,9% entre aqueles que se declaram pretos ou pardos.
