Bahia registra mais de 70 mortes em confrontos no mês de setembro

A Bahia enfrenta uma onda de violência que persiste desde o mês de setembro, quando o estado registrou mais de 70 mortes em confrontos com as forças de segurança. Esse cenário continuou na primeira semana de outubro, com pelo menos 16 óbitos decorrentes de ações contra as forças policiais. Esse número representa um aumento de mais de 22% em relação ao mês anterior.

Os confrontos ocorreram em várias cidades, incluindo Catu, Jequié, Eunápolis, Lauro de Freitas, Valença, Camaçari e Salvador. A capital baiana, Salvador, foi a mais afetada, com quatro mortes registradas.

Cronologia dos confrontos: 

Segunda-feira (2): Em Catu, a 70 km de Salvador, um suspeito envolvido na morte do policial federal Lucas Caribé foi morto em um confronto com a polícia. Ele estava escondido em um imóvel e mantinha sua companheira em cárcere privado desde o dia da ação. Em Mussurunga, na capital baiana, um homem morreu após trocar tiros com policiais. A situação impactou o comércio local, que permaneceu fechado na terça-feira.

Terça-feira (3): Em Eunápolis, oito suspeitos armados foram encontrados pela polícia. Um confronto se seguiu, resultando na morte de três suspeitos.

Quarta-feira (4): Em Lauro de Freitas, um homem morreu em um confronto com policiais militares durante a Operação Força Total. Em Tancredo Neves, Salvador, outro confronto terminou com a morte de um homem.

Quinta-feira (5): Em Valença, duas pessoas morreram em um tiroteio com a Polícia Militar. Todas as vítimas estavam envolvidas com o tráfico de drogas da região. Em Arembepe, Camaçari, dois homens morreram em um confronto com PMs.

Sexta-feira (6): Em Cassange, entre Salvador e Simões Filho, um homem apontado como organizador de "bondes" foi morto após um confronto com as forças de segurança. Em Águas Claras, na capital baiana, outro homem morreu em um confronto com policiais militares.

Domingo (8): Em Cajazeiras, um homem apontado como chefe do tráfico de drogas foi morto após uma troca de tiros com a polícia.

Somente em setembro, o estado registrou 71 mortes em confrontos com a polícia, incluindo suspeitos de envolvimento em crimes, um policial federal e dois policiais militares. A cidade de Jequié, considerada a mais violenta do Brasil, com seis membros de uma mesma família mortos em uma chacina.