Bahia registrou o terceiro menor salário médio em comparação nacional no ano de 2024, segundo IBGE
Rendimento médio real dos trabalhadores baianos foi de R$ 2.165 no ano passado; salários recebidos por trabalhadores informais, mulheres e pessoas pretas costumam ser menores

Foto: Reprodução/Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Trabalhadores baianos registraram o 3° menor rendimento médio real no ano de 2024, com cerca de R$ 2.165. A informação é de um levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que avaliou a média salarial em todo o território nacional.
Os dois únicos estados que apresentam uma situação mais desfavorável do que a Bahia são o Maranhão, com rendimento médio real de R$ 2.049, e Ceará, com R$ 2.071.
Conforme o levantamento, a média de rendimento nacional é de R$ 3.225, o que demonstra que o território baiano apresenta uma inferioridade de 32,8% do valor registrado.
Especialistas apontam que o grande número de trabalhadores informais, que apresentam salários menores, está relacionado diretamente as estatísticas. A Bahia registrou um aumento de 1% no número de trabalhadores informais entre 2023 e 2024, o que representa mais de 34 mil pessoas na informalidade, no período.
As causas também estão relacionadas a falta de acesso à educação qualificada e a maior exposição da população a situação grave de vulnerabilidade, onde os trabalhadores não encontram oportunidades de desenvolver e se capacitar para ter acesso a empregos formais e qualificados.
A Bahia ocupa a 6ª colocação no ranking de trabalhadores informais dentre os 27 estados brasileiros, com percentual de 51,4%, os estados do Pará, Piauí e Maranhão lideram o ranking com 58,1%, 56,6% e 55,3%, respectivamente.
Diferença de salários por raça e gênero
O levantamento identificou que existe uma diferenciação nos salários recebidos por fatores como cor da pele e gênero. Foi registrado que pessoas pretas recebem em média R$ 1.775 por mês, enquanto as brancas ganham por volta de R$ 2.925, uma diferença de 39,3% a menos.
A mesma distinção acontece com base no gênero, onde os homens possuem média salarial de R$ 2.254, contra R$ 2.032 das mulheres, que recebem 9,9% a menos.