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Bahia revisa programas de proteção após morte de Mãe Bernadete

Estado tem 119 defensores dos direitos humanos sob proteção

Por Agência Brasil
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Bahia revisa programas de proteção após morte de Mãe Bernadete

Foto: Reprodução

O governo da Bahia está revisando todos os protocolos de proteção de defensores de direitos humanos depois da morte de Maria Bernadete Pacífico, também conhecida como Mãe Bernadete. A mãe de santo foi morta na última quinta-feira (17) dentro de casa no Quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho, na Bahia.

Segundo informou o secretário da Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas à Agência Brasil, equipes do governo estadual e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania atuam juntamente para discutir com os órgãos de segurança pública e aperfeiçoamento dos programas de proteção.

Em nota publicada no último sábado (19), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania disse que, nesta semana, a Coordenação-Geral do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos estará na Bahia para "cumprir agenda voltada ao fortalecimento do programa de proteção no estado". Representantes do Governo Federal visitarão as comunidades ameaçadas e desejam reunir informações para reformulação da política pública.

No momento, a Bahia está sob proteção de 119 defensores de direitos humanos como quilombolas, indígenas e trabalhadores rurais.

Um levantamento, realizado pela Rede de Observatórios de Segurança feito junto com as secretarias de segurança pública estaduais e divulgado em junho deste ano, já mostrava a Bahia como segundo estado do Brasil com maior número de ocorrências de violências contra povos e comunidades tradicionais. Atrás somente do Pará, o Estado registrou 428 vítimas de violência no intervalo entre 2017 e 2022.

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