Bahia teve 200 viaturas alvejadas em ações ostensivas nos últimos dois anos, diz Werner

O secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, afirmou nesta sexta-feira (22), que a Bahia teve 200 viaturas alvejadas por criminosos nos últimos dois anos no estado e que, em média 130 policiais ficaram feridos em operações no mesmo período.  

"Infelizmente, nos últimos dois anos tivemos 200 viaturas alvejadas em patrulhamento ostensivo. Foram cerca de 130 policiais feridos nessas ações de operações. Precisamos trabalhar com inteligência e integrado. São as facções criminosas as responsáveis pela grande maioria da violência que a gente vive", destacou em entrevista ao programa Bahia Meio Dia, da TV Bahia.  

Werner também voltou a defender o que ele chama de "solução do eixo dos três is" para o combate dos crimes na Bahia, em que utilizada da integração entre as polícias Civil, Militar e Federal, inteligência e investimentos para as corporações.

"Precisamos dar melhores condições aos nossos policiais. Melhores condições físicas, com entregas, novas unidades da polícia civil e militar, até para um melhor atendimento à população. Modernizar essas unidades, mas também com a chegada de fuzis e de armamentos de primeira qualidade, e coletes", disse. 

Ao ser questionado sobre as facções locais, Werner informou que não ia dar publicidade para os grupos criminosos no estado, mas explicou como as facções chegam no país e se alinham com os "bondes" locais.

"O Brasil conta com algumas rotas do tráfico de drogas. A rota caipira, que viria da região do Paraguai, da Bolívia e a rota dos solimões. Essas rotas hoje são coordenadas e controladas pelas principais facções do país e a partir disso começam a se filiar e associar com facções locais", acrescentou.

Nesta sexta-feira (22), três viaturas blindadas da Polícia Federal foram recebidas para reforçar o combate ao crime organizado. Os veículos foram embarcados em um navio da Marinha, no porto do Rio de Janeiro, e segundo o secretário, as viaturas serão utilizadas em operações especiais.

"Serão utilizadas nas ações especiais que nós realizaremos através das informações de inteligência que estamos tendo. Em especial, em áreas que têm um grande número de homicídios em razão da atuação das facções criminosas", adiantou. 

"A nossa intenção não só é desarticular essas facções, mas trazer a cultura de paz para aquela comunidade que vive naquela região", completou.