Baiano que ficou desaparecido por três anos diz que fez 'bicos' fora do país para se sustentar
Marisvaldo dos Santos Silva foi deportado após ser flagrado sem documentos; ele desapareceu após sair da casa do irmão na RMS, em 2022, para pedalar

Foto: Reprodução/TV Bahia
O baiano que estava desaparecido há três anos, e foi encontrado em Costa Rica e deportado para o Brasil, contou que fez "bicos" para se sustentar no período que passou longe de casa, como lavar carros e realizar pequenos serviços em uma borracharia.
Marisvaldo dos Santos Silva, de 32 anos, disse que teve ajuda de outros imigrantes, recebeu abrigo em alguns momentos, e passou por pelo menos outras seis nações apresentando apenas a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) como documentação.
A deportação do homem aconteceu no domingo (20), após o baiano ser flagrado sem documentação adequada no país. Ele chegou ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e pegou um voo, custeado pela família, para retornar a Bahia.
Marisvaldo detalhou que após deixar a residência do irmão, em 2022, para pedalar, pegou barcos e ônibus para se locomover entre diversos países. Ele conta que o último estado brasileiro que visitou antes de ir ao exterior foi Roraima.
Após o período em Roraima, ele seguiu para a Venezuela, passando pela Colômbia, Panamá e Guatemala, até o México, onde ficou a maioria do tempo e inclusive iniciou um relacionamento.
O baiano ainda contou que conseguiu entrar ilegalmente nos Estados Unidos, porém foi deportado, e mandado de volta ao México. Depois, ele foi até Costa Rica, onde foi pego e deportado ao Brasil.
O homem informou que nesses três anos não entrou em contato com familiares para não preocupar ninguém.
A mãe do baiano, Maria dos Santos, contou que o filho sofre de esquizofrenia, mas não aceita o diagnóstico do transtorno mental e, por isso, não recebe acompanhamento médico adequado, e nem usa os medicamentos necessários.