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Coronavírus

Baixa cobertura vacinal com segunda dose preocupa no público acima de 40 anos, aponta Ministério da Saúde

Apenas 38,9% da população nessa faixa etária recebeu o segundo reforço, abaixo da meta de 90%

Por Da Redação
Ás

Baixa cobertura vacinal com segunda dose preocupa no público acima de 40 anos, aponta Ministério da Saúde

Foto: Paho

O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde revela que a baixa cobertura vacinal com a segunda dose de reforço para Covid-19 preocupa no público acima de 40 anos. De acordo com os dados até maio deste ano, apenas 58% da população nessa faixa etária que recebeu o ciclo inicial de vacinas completou a imunização com a segunda dose.

A situação se torna preocupante considerando que dos 80,5 milhões de pessoas acima de 40 anos que receberam as duas doses ou a dose única no ciclo inicial, apenas 34,1 milhões receberam o segundo reforço. Isso representa um percentual de imunizados com os dois reforços de apenas 38,9%, muito abaixo da meta estimada de pelo menos 90% do público-alvo.

Embora o percentual de imunização com as duas primeiras doses ou dose única tenha atingido a meta, alcançando 91% do público acima de 40 anos, é fundamental que essas pessoas recebam também o segundo reforço para completar a vacinação. Atualmente, o país está administrando a vacina bivalente, que oferece maior proteção.

Segundo dados do IBGE, em 2021, aproximadamente 87 milhões de brasileiros tinham 40 anos ou mais, o que torna a preocupação com essa faixa etária ainda maior. Registros dos cartórios de registro civil apontam que 94% das mortes por covid-19 no país ocorreram em pessoas com 40 anos ou mais.

Uma falsa sensação de proteção tem sido observada em muitos casos, uma vez que o número de casos e mortes está diminuindo e grande parte da população já recebeu ao menos uma dose da vacina. No entanto, o Ministério da Saúde reforça a importância de manter a atualização das doses recomendadas para garantir a proteção completa contra a covid-19.

Analisando a cobertura vacinal por estados, apenas 12 conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal para a segunda dose ou dose única no ciclo inicial, enquanto para o primeiro reforço, somente Piauí e São Paulo ultrapassaram os 90%.

Quanto ao segundo reforço, também chamado de quarta dose, a cobertura vacinal está baixa e longe da meta em todos os estados, chegando a menos de 20% do público-alvo em alguns, como Amazonas (13%) e Mato Grosso do Sul (16,6%). O estado com maior percentual alcançado até o momento é o Piauí, com 57,5% de imunizados com ciclo total.

A necessidade de uma quarta dose para pessoas acima de 40 anos surgiu em junho de 2022 com o objetivo de reduzir as manifestações graves da infecção pelo novo coronavírus nesse público-alvo. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Flávia Bravo, destaca que a quarta dose visa alcançar o público mais vulnerável e que apresenta uma queda mais rápida na imunidade.

É importante ressaltar que a proteção conferida pelas vacinas diminui ao longo do tempo, o que ocorre em todas as vacinas, porém em diferentes velocidades. Em doenças altamente infecciosas e de incubação rápida, como a covid-19, é essencial manter níveis elevados de anticorpos, pois as células de memória levam tempo para responder e fornecer proteção.

Além disso, o boletim também revela que nenhuma das faixas etárias abaixo de 40 anos conseguiu atingir a meta de cobertura vacinal até o momento.

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde lançou o Movimento Nacional pela Vacinação como parte de uma estratégia para resgatar a confiança da população brasileira nas vacinas e elevar as coberturas vacinais. O objetivo é reconstruir o Sistema Único de Saúde (SUS), fortalecer a cultura de vacinação no país e garantir que as vacinas sejam vistas como seguras, eficazes e salvadoras de vidas

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