Bancos centrais de Brasil e China firmam acordo para conversão direta das moedas em operações comerciais
O BC não informou, até o momento, quando o novo arranjo de pagamentos estará disponível para as empresas
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O Banco Central brasileiro assinou um memorando de entendimentos com Banco Central da China (PBC) nesta quarta-feira (29) para viabilizar um instrumento financeiro que permita que as transações sejam feitas em yuan, moeda chinesa, e convertidas em reais de "forma mais rápida e menos custosa".
A partir da mudança, não será necessário intermediar as operações comerciais entre os dois países com a moeda norte-americana, o dólar. O BC não informou, até o momento, quando o novo arranjo de pagamentos estará disponível para as empresas.
A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil. Em 2022, segundo dados oficiais, a corrente de comércio (exportações e importações juntas) atingiu recorde de US$ 150,5 bilhões.
O BC aponta que o acordo prevê que o PBC (BC chinês) indique, de forma discricionária (por sua escolha) uma instituição autorizada a operar em câmbio no Brasil para atuar como uma "offshore clearing bank no Brasil".
A instituição informou, ainda, que a implantação do arranjo no país tem o potencial de trazer benefícios para os modelos de negócio que envolvem a utilização do yuan no Brasil. Entre eles, o aumento da liquidez yuan, a manutenção de reservas cambiais em moeda forte no país.
Além disso, haverá a redução de intermediários nos pagamentos internacionais e a aproximação do sistema de pagamentos local ao chinês, com aumento da eficiência operacional em termos de redução de custo e tempo.