Política

Barroso afirma que a regulação das redes sociais 'tornou-se inevitável'

Para o ministro do STF, comportamentos inapropriados devem ser banidos nas redes

Por Da Redação
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Barroso afirma que a regulação das redes sociais 'tornou-se inevitável'

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luis Roberto Barroso, afirmou, durante aula inaugural do curso “Democracia e Combate à Desinformação”, promovida pela Escola Superior da AGU, na terça-feira (11), que "tornou-se inevitável a regulação" das redes sociais.

Para o magistrado, os usuários devem ser  responsabilizados pelos seus comportamentos inapropriados nas redes sociais e determinadas postagens deveriam ser imediatamente retiradas do ar.

"Quais são os conteúdos que devem ser removidos por evidente? Pedofilia, ninguém quer pedofilia nas redes sociais. Terrorismo, ninguém quer terrorismo nas redes sociais. Atentados à democracia, convocação para invasão de prédios públicos, destruição de bens e a assassinatos de pessoas, isso não é liberdade de expressão", afirmou.

"O que são os comportamentos coordenados inautênticos é a utilização de meios automatizados, por exemplo, como perfis falsos ou a contratação de trolls e provocadores para amplificar artificialmente as notícias, seja para difundir uma mentira, seja pra afogar uma informação verdadeira que você não tá feliz que ela circule", acrescentou.

Barroso lembrou ainda que uma das principais preocupações da população é com relação ao fim da liberdade de expressão, que poderia ser causada pelo excesso de fiscalização das redes. Mas, ponderou que a ideia principal é impor limites às expressões que não deveriam ser difundidas. 

"Há diferença muita grande em dizer, 'esse é o pior Supremo Federal da história', tem todo o direito de achar isso, o que é diferente de dizer 'vamos invadir o prédio do Supremo e acabar com aquela raça', isso evidentemente não é liberdade de expressão. Como não é liberdade de expressão invadir um prédio público e depredar as instalações do prédio", exemplificou.

"É preciso educação midiática, a gente precisa divulgar um pouco essas ideias que procurei compartilhar aqui e ensinar as pessoas do risco de compartilhamento de informações cuja autenticidade não tenha sido confirmada. O que há é ignorância do mal que aquilo está fazendo", finalizou.
 

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