Bayer é condenada a pagar indenização de US$ 2,25 bilhões por herbicida que teria causado câncer
Homem que processou a empresa afirmou que foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin depois de usar o Roundup
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Em um julgamento realizado na Pensilvânia, nos Estados Unidos, um júri condenou a Monsanto e a Bayer a pagar US$2,25 bilhões depois de determinar que o seu produto herbicida Roundup causou câncer em um homem.
O homem que processou a empresa foi identificado como John McKivison, de 49 anos, e alegou que desenvolveu o câncer depois de usar o Roundup em sua propriedade por duas décadas. As informações foram divulgadas pelos advogados de McKivison em um comunicado à imprensa na última segunda-feira (29).
A Bayer, que adquiriu a empresa agroquímica Monsanto em 2018, afirmou que recorrerá da decisão e acredita que será capaz de eliminar ou reduzir a “indenização por danos inconstitucionalmente excessivos”. Segundo a multinacional alemã, o Roundup e seu ingrediente ativo, o glifosato, são seguros para uso humano.
Desde de 2015, quando um relatório da Organização Mundial da Saúde de 2015 sugeriu que o glifosato, o principal ingrediente do Roundup, poderia causar câncer, pacientes com linfoma não Hodgkin começaram a processar a Monsanto.
O relatório, da Agência Internacional de Investigação sobre o Câncer da OMS, afirma que o glifosato é “provavelmente cancerígeno para os seres humanos”. No entanto, a Monsanto continuou a vender o herbicida. A empresa afirma que o Roundup não causa câncer e refutou o relatório da IARC, alegando que o número é muito inferior aos estudos que afirmam que o glifosato é seguro.
No total, a Bayer já foi condenada a pagar mais de US$16 bilhões em indenizações relacionadas ao produto. No entanto, a empresa já saiu vitoriosa em 10 julgamentos.