BC afirma que liquidação do Banco Master foi motivada por "grave crise de liquidez"
Decisão acabou com as chances de a instituição ser vendida ao Grupo Fictor, que havia manifestado interesse na compra na véspera

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O Banco Central (BC) disse nesta terça-feira (18) que a liquidação do Banco Master foi motivada por "grave crise de liquidez" e "graves violações" às normas do sistema financeiro, e que seguirá todas as medidas cabíveis para investigar as responsabilidades nos termos das competências legais.
A decisão acabou com as chances de a instituição ser vendida ao Grupo Fictor, que havia manifestado interesse na compra na véspera.
"A decretação do regime especial nas instituições foi motivada pela grave crise de liquidez do Conglomerado Master e pelo comprometimento significativo da sua situação econômico-financeira, bem como por graves violações às normas que regem a atividade das instituições integrantes do SFN", disse por meio de nota.
De acordo com o BC, as investigações poderão ocasionar em novas sanções "de caráter administrativo".
"Nos termos da lei, ficam indisponíveis, a partir de hoje, os bens dos controladores e dos ex-administradores das instituições objeto dos regimes especiais decretados", afirmou.
O conglomerado do Banco Master possui 0,57% do ativo total e 0,55% das captações totais do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Foram liquidados de maneira extrajudicial o Banco Master S/A, do Banco Master de Investimento S/A, do Banco Letsbank S/A, e da Master S/A Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários.
O BC determinou também o Regime Especial de Administração Temporária do Banco Master Múltiplo S/A. Segundo a autoridade monetária, a opção pelo regime se mostrou mais adequada tendo em vista a possibilidade concreta de solução que preserva o funcionamento da controlada Will Financeira.
O termo de liquidação, que foi assinado pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, também põe sob intervenção a corretora de câmbio do banco. A notícia chegou no mesmo dia em que o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso pela Polícia Federal (PF) em São Paulo.


