'BC tem muita reserva e vai atuar quando necessário', afirma Campos Neto

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, desmentiu a relação da atual conjuntura do BC no Câmbio com dominância fiscal e disse que o órgão "vai atuar quando necessário" para estabilizar a moeda. Já o sucessor, Gabriel Galípolo, disse por vez que não vê um ataque especulativo contra o real nesta quinta-feira (19).

Durante a entrevista nesta manhã, os dois comentaram sobre a transição simbólica no comando do BC que Galípolo assume interinamente no sábado e de forma definitiva em 1º de janeiro.

De acordo com especialistas, o dólar passou a operar uma queda após dois leilões de venda da moeda realizados pelo banco Central para conter a desvalorização do Real. Para Campos Neto. "O BC tem muita reserva e vai atuar quando necessário", disse.

Como um dos principais exportadores de Commodities, obtém a maioria desse "colchão de segurança" de suas vendas internacionais. As exportações brasileiras têm batido recorde reiteradamente. Com isso, o Brasil, hoje, tem cerca de US$ 360 bilhões em reservas internacionais. 

Em consideração realizada pelo mercado, as intervenções dos últimos pregões foram ao todo US$ 13,759 bilhões - o equivalente a 3,8% das reservas internacionais do Brasil, hoje em US$ 357,12 bilhões (dados do último dia 17 de dezembro).

Com o primeiro leilão do BC, feito nesta quinta-feira (19), onde cerca de US$ 3 bilhões foram vendidos. Já a moeda não recuou e chegou a bater o recorde de R$ 6,30 por volta das 10h10. A autoridade monetária, então, anunciou um segundo leilão, de mais US$ 5 bilhões, para as 10h35. Agora, a moeda americana opera abaixo dos R$ 6,20.