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Belford Roxo: polícia supõe 'reação do tráfico' a um suposto roubo de pássaro pelos meninos desaparecidos

Traficantes do Complexo do Castelar estão envolvidos com o sumiço, diz polícia

Por Da Redação
Ás

Belford Roxo: polícia supõe 'reação do tráfico' a um suposto roubo de pássaro pelos meninos desaparecidos

Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou na tarde desta sexta-feira (21), após prender 16 pessoas em uma operação contra o tráfico do Complexo do Castelar, que ainda não sabe onde estão os três meninos desaparecidos de Belford Roxo. Contudo, a polícia apresentou a linha de investigação mais provável: a de que o trio teria sido pego roubando um pássaro. Os meninos estão desaparecidos há quase cinco meses.

“Teria uma suposta ação das crianças que gerou essa reação do tráfico, uma subtração de um pássaro de um determinado traficante”, disse Uriel Alcântara, titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), em uma coletiva.

A Feira da Areia Branca, para onde Lucas Matheus (8 anos), Alexandre da Silva (10 anos) e Fernando Henrique (11 anos) iam no dia 27 de dezembro, tem barracas de venda de animais. O diretor das Delegacias de Homicídio, Roberto Cardoso, considerou a operação desta sexta “exitosa”. “A Polícia Civil não descansa enquanto não conseguir esclarecer esse fato. Existem elementos que não podem ser divulgados, porque podem prejudicar a investigação”, afirmou.

Tortura 

Também na tarde desta sexta (21), a polícia também falou sobre a quadrilha do Complexo do Castelar ter acusado falsamente uma família pelo sumiço dos meninos para prejudicar o trabalho dos policiais. A polícia afirma que um pai chegou a ser torturado e obrigado a deixar a favela com a companheira e os quatro filhos. Ainda segundo a polícia, o homem apontado como responsável pelo sumiço dos meninos teve uma orelha decepada nas dentadas enquanto era torturado. O feito foi postado nas redes sociais,  antes da mutilação. O homem aparece com um cartaz com uma “sentença”.

O delegado Uriel Alcântara afirmou que esse episódio aconteceu logo depois do desaparecimento das três crianças. Pelo menos quatro que participaram foram presos nesta sexta. “A gente instaurou um inquérito para que isso fosse apurado. Alguns responsáveis pela tortura foram identificados”, disse Uriel.

Ainda segundo a polícia, um adolescente que participou dessa sessão de tortura debochou da ação desta sexta. O jovem vem sendo monitorado pela polícia, mas não era alvo hoje. “Minha cara de loka de quem vai pangua em casa. Tá f*dido da civil, vai arruma nada”, escreveu o suspeito, às 9h31, quando a operação já tinha terminado.

Operação 

De acordo com os delegados responsáveis, não houve reação do tráfico à chegada dos policiais. O delegado Felipe Curi, diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada, disse que a Polinter já tinha uma investigação sobre os crimes cometidos na região.

“A ação de hoje foi para que pudéssemos cumprir mandados de prisão da investigação da Polinter, e a DHBF também participou para obtenção de mais elementos de prova na investigação do desaparecimento dos meninos”, explicou Curi. A quadrilha também é investigada por impor um “tribunal do tráfico” e por praticar roubos na Baixada Fluminense.
 

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