Belicismo norte-coreano reacende temor de guerra nuclear na Ásia
Regime de Kim Jong-un começou 2023 com ameaças à Coreia do Sul

Foto: Reprodução/Pixabay
A Coreia do Norte começou o ano de 2023 com uma série de lançamentos de mísseis e com o líder Kim Jong-un prometendo aumentar a produção de armas nucleares e aperfeiçoar os mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs), segundo informou a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA. Além disso, Kim também qualificou a Coreia do Sul como "inimigo indisputável" de seu país.
A Coreia do Sul sofre com as ações de seu vizinho do norte desde a década de 1950. Analistas avaliam, no entanto, que as atuais ameaças e provocações vindas de Pyongyang devem ser encaradas com mais seriedade. De acordo com o ex-parlamentar sul-coreano Kim Sang-woo e agora membro do conselho da Fundação pela Paz Kim Dae-jung, a situação de segurança na península coreana está se deteriorando novamente.
"Acho que há um bom motivo para alarme, pois o regime norte-coreano olha para o atual governo da Coreia do Sul e vê que ele não é tão favorável à Coreia do Norte quanto o governo anterior", disse Kim à DW. "Acredito que continuaremos a ver uma Coreia do Norte mais combativa, pois eles deixaram claro que veem a Coreia do Sul como um 'Estado inimigo'", acrescentou.
Em uma reunião do Partido dos Trabalhadores da Coreia durante a última semana de dezembro, cujas declarações foram divulgadas pela primeira vez em 1º de janeiro, Kim sublinhou a necessidade de desenvolver e implantar um "poder militar esmagador", alegando a necessidade de proteger a soberania de seu país. Atualmente, o governo do presidente conservador sul-coreano, Yoon Suk-yeol, que assumiu em maio de 2022, prometeu adotar uma postura mais dura em relação à Coreia do Norte.


