Biden comete nova gafe ao dizer 'Ucrânia' para se referir à Faixa de Gaza
Após o pronunciamento, um porta-voz da Casa Branca confirmou a jornalistas que Biden se referia ao território palestino
Foto: Alan Santos/PR
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, 81, cometeu um novo deslize nesta sexta-feira (1º) ao confundir a Faixa de Gaza com a Ucrânia durante anúncio de que as Forças Armadas americanas vão fazer entregas comida e outros suprimentos no território palestino.
Em pronunciamento na Casa Branca ao lado da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o líder americano disse "Ucrânia" duas vezes no momento em que comentava a crise no Oriente Médio e anunciava a entrega de ajuda pelo ar a Gaza.
"Nos próximos dias, vamos nos juntar aos nossos amigos da Jordânia para fornecimento aéreo de alimentos e suprimentos adicionais para a Ucrânia e procurar continuar a abrir outros caminhos para a Ucrânia, incluindo a possibilidade de um corredor marítimo para entregar grandes quantidades de assistência humanitária", disse Biden.
Após o pronunciamento, um porta-voz da Casa Branca confirmou a jornalistas que Biden se referia ao território palestino, não ao país que foi invadido pela Rússia há mais de dois anos.
O anúncio de Biden sobre a entrega de suprimentos foi feito um dia depois que dezenas de palestinos morreram após o Exército israelense abrir fogo contra pessoas que se aglomeravam ao redor de caminhões de ajuda humanitária em um local próximo à Cidade de Gaza, a maior da faixa homônima.
O Hamas acusou Israel de matar 112 pessoas na ação. Tel Aviv disse que o número de palestinos mortos por tropas israelenses na ocasião foi menor do que dez, e que outros morreram pisoteados e atropelados pelos caminhões.
Países como a França e a Jordânia também já realizaram entregas de suprimentos pelo ar desde que a guerra começou, em 7 de outubro. Biden disse que os envios aconteceriam nos próximos dias, mas não deu detalhes da operação. Uma autoridade israelense falando em condição de anonimato à agência de notícias Reuters disse que o país "está ciente" de que os EUA enviarão ajuda humanitária pelo ar.
Tanto Biden quanto seu adversário Donald Trump, 77, lidam com questionamentos sobre a idade em ano de eleição nos Estados Unidos. Caso vença o pleito, o atual presidente terminaria o mandato com 86 anos, enquanto Trump, franco favorito para indicação republicana à disputa, encerraria com 81 anos.
Segundo uma pesquisa da NBC divulgada em setembro de 2023, quase 60% dos eleitores americanos afirmam que a saúde do democrata é uma grande preocupação. Em junho de 2023, Biden confundiu a Guerra da Ucrânia com a Guerra do Iraque. Ele também causou estranheza ao terminar um discurso sobre controle de armas com "God save the queen, man" (Deus salve a Rainha, cara). A Casa Branca, à época, esclareceu que o presidente disse a frase a alguém do público.
Mais uma gafe foi cometida quando o presidente dos EUA se encontrou com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak. Dessa vez, Biden se referiu ao premiê inglês como "Mr. President" (senhor Presidente).
No mês passado, Biden confundiu o nome do chefe do Executivo da França, Emmanuel Macron, com o do ex-presidente do país europeu François Mitterrand, morto em 1996. A gafe aconteceu durante um evento de campanha em Las Vegas.
A série de escorregadas do democrata tem sido alvo de críticas e piadas de seus adversários políticos, inclusive de Donald Trump. O ex-presidente já disse que Biden "não consegue formular duas frases juntas e está encarregado da guerra nuclear".
Em janeiro, Trump decidiu provocar o democrata por conta de sua idade. O republicano divulgou um anúncio falso que se referia à Casa Branca como um lar de idosos, onde os residentes se sentem presidentes.
No entanto, o antecessor de Biden também cometeu erros durante a campanha. Em janeiro, Trump confundiu sua rival de partido, Nikki Haley, com a ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi. Na ocasião, ele afirmou erroneamente que Haley era encarregada da segurança durante o ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021, levando-a a questionar sua aptidão mental durante um discurso de campanha.