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Biden critica Putin na Assembleia Geral da ONU: 'Não se pode vencer em uma guerra nuclear'

Presidente russo ameaçou usar armas nucleares e convocou cerca de 300 mil cidadãos da reserva

Por Da Redação
Ás

Biden critica Putin na Assembleia Geral da ONU: 'Não se pode vencer em uma guerra nuclear'

Foto: Reprodução/Redes Sociais | Kremlin Press Office

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou a Rússia, durante discurso realizado na Assembleia Geral da ONU em Nova York, nesta quarta-feira (21), de violar os princípios fundamentais de adesão às Nações Unidas ao invadir a Ucrânia e disse que Moscou estava fazendo ameaças "irresponsáveis" ao uso de armas nucleares. "Uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve acontecer", disse Biden.

Declaração foi dada em resposta às ameaças nucleares ao ocidente realizadas pelo presidente russo Vladimir Putin. "Isto não é um blefe", declarou o líder russo em um pronunciamento pela TV. Putin anunciou também que convocará cerca de 300 mil cidadãos da reserva para se unirem às tropas russas na Ucrânia.

Biden afirmou, na ocasião, que ninguém havia ameaçado a Rússia, apesar de suas alegações em contrário, e que apenas Moscou havia procurado um conflito. "A guerra na Ucrânia é a guerra de um homem só", disse, se referindo a Putin. O presidente americano prometeu solidariedade dos Estados Unidos com a Ucrânia.

O presidente dos EUA solicitou a expansão do Conselho de Segurança da ONU. A reforma no Conselho é um tema recorrente em quase todas as crises internacionais quando um dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França) exerce seu direito de veto para impedir resoluções propostas por outros.

"Um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas invadiu seu vizinho, tentou apagar um Estado soberano do mapa. A Rússia violou descaradamente os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas", afirmou Biden.

Auxílio

A Casa Branca anunciou uma ajuda financeira adicional de US$ 2,9 bilhões (aproximadamente R$ 15 bilhões) para combater a insegurança alimentar em todo o mundo agravada pela guerra na Ucrânia. Rússia e Ucrânia são grandes exportadores de grãos e fertilizantes e parte dos embarques foram interrompidos pela guerra.

"Este novo anúncio de US$ 2,9 bilhões salvará vidas através de intervenções emergenciais e investirá em ações de médio e longo prazo, a fim de proteger as populações mais vulneráveis do mundo da crescente crise global de segurança alimentar", disse a Casa Branca em um comunicado, antecipando o discurso de Biden.

António Guterres, secretário-geral da ONU, sugeriu cobrar a conta de quem lucra muito com o petróleo e que os governos parem de subsidiar os combustíveis fósseis. Segundo Guterres, se o problema agora é má distribuição do alimento no mundo, a partir do ano que vem pode ser falta de comida mesmo. E em cima disso, a urgência das mudanças climáticas.

Brasil

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), participou da reunião, e em um pronunciamento de 20 minutos, abordou temas de campanha, fazendo um balanço das ações de seu governo, atacou as gestões petistas e defendeu itens da pauta conservadora.
 

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