Biden emite comunicado pedindo que Cuba 'ouça população'
México e Rússia alertaram contra intervenção
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O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu em um comunicado, nesta segunda-feira (12) que o governo de Cuba "ouça" os manifestantes que saíram às ruas no último domingo (11) em protesto contra o governo e a crise econômica, enquanto México e Rússia alertaram contra qualquer intervenção externa e apelaram por uma solução pacífica. “Estamos ao lado do povo cubano e seu claro apelo por liberdade e alívio das trágicas consequências da pandemia e das décadas de repressão e sofrimento econômico a que tem sido submetido pelo regime autoritário de Cuba. Os Estados Unidos pedem ao regime cubano que ouça seu povo e atenda suas necessidades neste momento vital."
No comunicado, Biden também disse que "o povo cubano defende com bravura os direitos fundamentais e universais" e que "esses direitos, incluindo o direito de protesto pacífico" e de livre determinação de "seu próprio futuro, devem ser respeitados".
Horas após a nota, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, acusou "mercenários" pagos por Washington de fomentarem a crise que causou os protestos. Ele disse ainda que se Biden deseja ajudar Cuba, deveria suspender as 243 sanções contra a ilha.
Já o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, defendeu que os cubanos buscassem diálogo e uma solução pacífica após os protestos, e pediu o fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba. López ainda ofereceu ajuda humanitária em forma de remédios, vacinas e alimentos ao país, se Havana pedir.