• Home/
  • Notícias/
  • Michel Telles/
  • Bióloga do Projeto Tamar e Condomínio Busca Vida reforçam os cuidados necessários que humanos devem adotar nesse período
Michel Telles

Bióloga do Projeto Tamar e Condomínio Busca Vida reforçam os cuidados necessários que humanos devem adotar nesse período

Aos detalhes...

Por Michel Telles
Ás

Bióloga do Projeto Tamar e Condomínio Busca Vida reforçam os cuidados necessários que humanos devem adotar nesse período

Foto: Divulgação

   A parceria entre o Projeto Tamar e o Condomínio Busca Vida (CBV), em Camaçari, está comemorando 40 anos de pleno sucesso para a preservação das tartarugas marinhas. Além da realização das diversas ações anuais, como palestras de conscientização aos colaboradores e moradores inclusas no programa ‘Nossa Praia é Vida’, o CBV vem promovendo exposições, abertura de ninhos e o acompanhamento seguro das caminhadas de filhotes de tartarugas ao mar durante quatro décadas, embora essa última esteja suspensa por conta da pandemia.                   

          Para Petra Schaeber, integrante da Comissão de Meio Ambiente do CBV, a consolidação dessa parceria é sinônimo de muita alegria e orgulho. "O Tamar está conosco desde o início, sempre promovendo ações de conscientização com os moradores. Essa preocupação e os cuidados com o meio ambiente, inclusive, estão no DNA do Condomínio Busca Vida, que está localizado em uma Área de Preservação Ambiental (APA). Por isso, temos diversas linhas de atuação, a exemplo da Comissão de Meio Ambiente, que atua com o direcionamento de especialistas em diversas frentes, inclusive em âmbito marítimo", explica.

            No litoral norte baiano, a praia de Busca Vida, no município de Camaçari, é uma das preferidas por esses animais marinhos, por ser silenciosa e escura e por não ter um grande volume de banhistas. Para a bióloga do Projeto Tamar, Nathalia Berchieri, as tartarugas preferem praias mais preservadas, com restinga e ausência de luz artificial para desovar, com batimento leve das ondas, que são características compatíveis às de Busca Vida.

            De acordo com ela, é por esta razão que os humanos devem adotar uma série de cuidados, visando a proteção das tartarugas marinhas, sobretudo durante o verão, quando a ida às praias se torna mais frequente. É que dezembro é um mês bastante propício e considerado o ápice para a desova em nosso território continental, que acontece de setembro a março.

            Com a proximidade do verão, as recomendações aos frequentadores das praias, inclusive as mais desertas, precisam de reforço. "Dá para conviver em harmonia com as tartarugas nesse ambiente. Afinal, a maioria das pessoas usa o local durante o dia e as tartarugas à noite. Então, é importante manter a área escura ou com luzes adequadas, não deixar cadeiras, sombreiros e outros equipamentos fixos na areia, andar de coleira com os animais de estimação e não usar veículos na praia. Todas essas recomendações ajudam a preservar vidas marinhas", pontua Nathalia Berchieri.

            Na prática, a bióloga detalha que o fenômeno ocorre naturalmente durante à noite. "As tartarugas fêmeas saem do mar e procuram desovar acima da linha da maré, na região da areia mais seca. Em cada ninho, são colocadas uma média de 120 ovos, que demoram cerca de 60 dias até a eclosão". A especialista também destaca que existem sete espécies no mundo, todas ameaçadas de extinção, sendo que cinco delas se encontram no Brasil e quatro na Bahia. A praia de Busca Vida é importante para a tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga oliva (Lepidochelys olivácea) e a tartaruga verde (Chelonia mydas).

            O Projeto Tamar nasceu em 1980 com a missão de proteger as tartarugas marinhas no Brasil por aproximadamente 1.100 quilômetros de praias. Ele está presente em 26 localidades, em áreas de desova, crescimento, alimentação e descanso desses animais marinhos, no litoral e nas ilhas oceânicas de diversos estados, inclusive da Bahia.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário