Boletim da Fiocruz indica alta de casos de Covid-19 no país
Nova edição aponta que vírus esteve relacionado a 31,1% dos casos de SRAG com resultado positivo para alguma infecção viral
Foto: Reprodução/Peter Ilicciev/Fiocruz
Divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na quinta-feira (19), a nova edição do boletim semanal Infogripe revelou uma tendência alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associadas ao Covid-19 em alguns estados do país. O Ceará, por exemplo, apresenta um crescimento nas ocorrências desde a edição anterior.
Minas Gerais, Sergipe, Distrito Federal e Rondônia também iniciaram um movimento parecido. Os casos envolvem especialmente pacientes idosos, que são mais suscetíveis aos efeitos mais adversos da infecção pelo coronavírus, causador da covid-19.
Também houve um aumento de ocorrências de SRAG entre crianças e adolescentes de até 14 anos, associados principalmente ao rinovírus, em quatro unidades federativas: Acre, Distrito Federal, Minas Gerais e Sergipe. Um dos sintomas é o desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.
A nova edição indica que a covid-19 esteve relacionada a 31,1% dos casos de SRAG com resultado positivo para alguma infecção viral. O rinovírus representou 38,6%. Além disso, 7,9% estiveram associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), 7,6% à influenza A e 7,3% à influenza B.
Dos quadros de SRAG que resultaram em mortes nessas quatro semanas, 63,6% estão associados à covid-19. A maioria das vítimas que morreram eram idosos.
O Brasil já registrou mais de 70.700 casos de SRAG em 2024
No total, o Brasil já registrou 78.739 casos de SRAG com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório em 2024. Destes, 16,8% são referentes à influenza A; 2% à influenza B; 19,6% à covid-19; 27,1% ao rinovírus e 33,8% ao VSR. Outras 8.280 ocorrências estão em fase de análise.
O boletim também indicou uma tendência de aumento de SRAG em nível nacional. Em 11 unidades federativas, há sinal de crescimento dos casos no longo prazo:
- Acre;
- Amazonas;
- Ceará;
- Distrito Federal;
- Goiás;
- Minas Gerais;
- Paraíba;
- Rio Grande do Norte;
- Rondônia;
- Santa Catarina e Sergipe.
Além disso, há tendência de aumento das ocorrências no curto prazo no Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.