Bolsonaro afirma que não condenará população à miséria para ser elogiado pela mídia
Presidente retificou não querer descaso com novo coronavírus

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na última quarta-feira (25), que não condenará a população "à miséria" para receber elogio da mídia ou de quem "até ontem assaltava o país".
- Quase 40 MILHÕES DE TRABALHADORES AUTÔNOMOS já sentem as consequências de um Brasil parado. Sem produzir, as empresas NÃO TERÃO COMO PAGAR SALÁRIOS. SERVIDORES DEIXARÃO DE RECEBER. Não tem como desassociar emprego de saúde. Chega de demagogia! NÃO HÁ SAÚDE NA MISÉRIA!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 26, 2020
A situação econômica do Brasil vem embasado os discursos de Bolsonaro nos últimos dias. Em pronunciamento realizado na última terça-feira (24), o presidente criticou autoridades estaduais e municipais que proibiram transporte e decretaram o fechamento dos comércios e o confinamento em massa.
De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a pressão para o encerramento da medida vem de investidores que tiveram perdas na Bolsa de Valores.
Sob justificativa de preservação da economia do país, Bolsonaro defende a flexibilização da quarentena a partir da ideia de 'isolamento vertical', que compreende somente o grupo de risco.
Depois de se referir ao coronavírus como "gripezinha" e "resfriadinho", o presidente afirmou não querer descaso com a doença.
- Não queremos descaso com a questão da Covid-19. Apenas buscamos a dose adequada para combater esse mal sem causar um ainda maior. Se todos colaborarem, poderemos cuidar e proteger os idosos e demais grupos de risco, manter os cuidados diários de prevenção e o país funcionando.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 26, 2020