Bolsonaro confirma afastamento de servidores do Iphan
Presidente defende que a ação faz parte do cargo de chefe de Estado
Foto: Reprodução/Youtube
Durante transmissão ao vivo, na noite desta quinta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, novamente, ter afastado servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), após a interdição de uma obra do empresário Luciano Hang, e defendeu que ação faz parte do cargo. A declaração do afastamento foi dada nessa quarta-feira (15) durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São (Fiesp).
"Eu fui investigar e cheguei a conclusão que o pessoal que 'tava' no Iphan tinha que ser trocado (...) Não tem cabimento, tem que trocar. Agora, de novo, tem processo, dado o que eu falei, e querem tirar uma senhora que eu botei no Iphan porque foi uma interferência minha. Você escolhe um presidente pra que? Para deixar tudo como tá?", afirmou.
Mais cedo, o Ministério Público Federal (MPF) pediu o "imediato afastamento" da atual presidente do Iphan, Larissa Rodrigues Peixoto Dutra, à Justiça. Na ação, o MPF afirma que a fala do presidente aponta "desvio de finalidade na nomeação e posse da atual presidente do Iphan".
"No caso em julgamento, sequer buscaram os agentes do ato ocultar a verdadeira motivação na nomeação e posse da ré Larissa Rodrigues Peixoto Dutra, qual seja, a de ‘não dar mais dor de cabeça’ para o Presidente da República e seu círculo de 'pessoas conhecidas'", analisou o órgão.
