Eleições

“Bolsonaro cresceu com uso da máquina e fábrica de fake news”, afirma Gleisi Hoffmann

Presidente do PT destaca aliança com o centro e diz que não fere apoio de outros partidos de esquerda

Por Da Redação
Ás

“Bolsonaro cresceu com uso da máquina e fábrica de fake news”, afirma Gleisi Hoffmann

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, considerou que o recente crescimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto é "normal". 

“Bolsonaro está sentado na cadeira da Presidência e começou a ter algumas ações de governo. Isso começa a ter um certo impacto que a gente já mensurava que podia acontecer”, disse a petista em entrevista ao Metrópoles. 

“Bolsonaro tem a máquina, tem mecanismos e vai querer usar isso tudo para se posicionar. Além disso, eles têm a fábrica de fake news e de mentiras. A gente já detectou nas redes sociais os ataques. Isso obviamente mexe com as pesquisas, não nos iludimos com relação a isso”, complementou Hoffman que também citou o Auxílio Brasil e o Vale-Gás como variantes no cenário eleitoral.

Além disso, a presidente do PT também ressaltou que as críticas de aliados da esquerda, como Guilherme Boulos (PSOL), à possível chapa entre Lula e Geraldo Alckmin, não afetam aliança, já que o objetivo principal é tirar Bolsonaro do poder. “O Boulos tem a compreensão de que aquilo que tem de ser a centralidade é a questão programática. Pra que estamos disputando o governo? Pra tirar o fascismo. Estamos todos no mesmo barco”, indicou a petista.

Hoffman reafirmou ainda que continua apostando na federação com o PSB, PV e PCdoB. Ela espera que o PT possa vencer resistências de demais legendas da esquerda contra a aliança com o centro e vice-versa.

“Tem uma vontade desses partidos que conversamos em fazer a federação. Obviamente que só a vontade não determina a feitura, mas é importante. São partidos que mantemos conversação desde 2018 para criar, no Congresso, um campo de atuação junto aos movimentos populares, às manifestações sociais. Não é fácil, não é uma coligação simples. É um compromisso por 4 anos”, declarou a presidente do Partido dos Trabalhadores. 

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