Bolsonaro critica atrelamento de preços de combustíveis com o dólar
De acordo com o presidente, a Petrobrás tem tido um lucro "muito alto"
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Durante transmissão ao vivo, nesta quinta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o atrelamento do preço dos combustíveis no Brasil ser influenciado diretamente pela cotação do dólar e afirmou estar buscando "maneiras de mudar a lei nesse sentido".
De acordo com o chefe do Executivo, o lucro que a Petrobras ganha com essa forma de definição de preços é "muito alto". A companhia, desde 2016, utiliza da Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), em que o preço do petróleo é vinculado ao do mercado internacional, a partir do preço do barril tipo brent, calculado em dólar.
"Eu não aumento. A Petrobras é obrigada a aumentar o preço, porque ela tem que seguir a legislação. E nós estamos tentando aqui buscar maneiras de mudar a lei nesse sentido. Porque não é justo você viver num país que paga tudo em real, é um país praticamente autossuficiente em petróleo e tem o preço do seu combustível aqui atrelado ao dólar", afirmou.
O modelo de definição dos preços atualmente é influenciado, diretamente, pelo preço do petróleo no mercado internacional e pela cotação do dólar.
"Tem que ser uma empresa que não dê um lucro muito alto, como tem dado. Porque, além de lucro alto para acionistas, a Petrobras está pagando dívidas bilionárias de assaltos que aconteceram há pouco tempo", completou.
Além disso, o presidente reafirmou a possibilidade de privatização da Petrobras.
"Ninguém vai quebrar contrato, ninguém vai inventar nada. Falei pro Paulo Guedes [ministro da Economia] botar a Petrobras no radar de uma possível privatização. Se é uma empresa que exerce o monopólio, ela tem que ter o seu viés social, no bom sentido", concluiu.