Bolsonaro defende cloroquina e diz que protocolo que prescreve medicamento apenas para casos graves será alterado
Com discordância sobre o medicamento, presidente disse que ministros do governo devem estar "afinados" com ele
Foto: Reprodução/ G1
Depois do ministro da Saúde, Nelson Teich, ter alertado sobre os riscos da cloroquina no tratamento da Covid-19 nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro defendeu o medicamento e disse que os ministros do seu governo devem estar "afinados" com ele.
"Olha só, todos os ministros, eu já sei qual é a pergunta, têm que estar afinados comigo. Todos os ministros são indicações políticas minhas e quando eu converso com os ministros eu quero eficácia na ponta. Nesse caso, não é gostar ou não do ministro Teich, é o que está acontecendo", afirmou Bolsonaro na saída da residência oficial do Palácio do Alvorada.
O presidente disse ainda que vai terá uma conversa ainda hoje com o ministro Teich para que o protocolo do Ministério da Saúde, que atualmente prevê a prescrição de cloroquina apenas para os casos graves, seja alterado para que a medicação seja aplicada desde o início do tratamento.
"Nós estamos tendo centenas de mortes por dia. Se existe uma possibilidade de diminuir esse número com a cloroquina, por que não usar? Alguns falam que pode ser placebo. Pode ser. Você não sabe. Mas pode não ser também. A gente não pode, por exemplo, falar: 'Ah, se tivesse usado a cloroquina lá atrás, teria salvo milhões de pessoas. Só isso", disse Bolsonaro.
O @minsaude em 23.03 informou que a cloroquina pode ser prescrita para pacientes hospitalizados (https://t.co/vf8vjq9nKc). O @Medicina_CFM , em 23.04, entendeu a excepcionalidade em que vivemos e possibilitou o uso em outras situações (https://t.co/AKGELVJPl8).
— Nelson Teich (@TeichNelson) May 12, 2020