Bolsonaro diz à PF que pedido para reaver jóias na alfândega foi para evitar “vexame internacional”
De acordo com o ex-presidente, poderia haver constrangimento caso o governo saudita descobrisse que o presente ficou retido
Foto: Redes Sociais
Em depoimento à Polícia Federal na quarta-feira (5), o ex-presidente Jair Bolsonaro, deu sua versão sobre o pedido a Mauro Cid, seu então ajudante de ordens na Presidência, para reaver as joias sauditas.
Segundo apurações, Bolsonaro disse à Polícia Federal que o pedido teve objetivo de evitar um “vexame internacional” na esfera diplomática. De acordo com o ex-presidente, poderia haver constrangimento caso o governo saudita descobrisse que o presente ficou retido na alfândega e alegou ainda que que só tomou conhecimento do presente dado pelo príncipe da Arábia Saudita, Mohamed Bin Salman, 14 meses depois. Por isso o motivo do pedido para pegar as joias na alfândega ocorreu no final do ano passado.
Já o tenente-coronel Mauro Cid foi ouvido pela PF em São Paulo numa oitiva, que durou cerca de 2 horas, onde de acordo com o colunista do Metrópoles Igor Gadelha, Mauro Cid afirmou que buscar presentes recebidos por Bolsonaro era algo “normal” na Ajudância de Ordens da Presidência.
O ex-ajudante também citou que Bolsonaro teria pedido a ele para “verificar” a situação das joias apreendidas na alfândega.