Bolsonaro diz que Brasil adotará postura neutra em relação a conflito na Ucrânia
Na última quinta-feira (24), a Rússia invadiu o país vizinho sob comando de Vladimir Putin, ação que vem sendo criticada por diversos países
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse neste domingo (27) que o Brasil adotará postura neutra em relação ao conflito da Rússia contra a Ucrânia. Na última quinta-feira (24), a Rússia invadiu o país vizinho sob comando de Vladimir Putin, ação que vem sendo criticada por diversos países.
Em relação a uma conversa que teve com Putin, quando o visitou há duas semanas, o chefe de estado disse: "Estive há pouco conversando com o presidente Putin, mais de duas horas de conversa. Tratamos de muita coisa, a questão dos fertilizantes foi das mais importantes. Tratamos sobre nosso comércio. Obviamente ele falou alguma coisa sobre a Ucrânia, eu me reservo aí como segredo de não entrar em detalhes da forma como vocês gostariam."
"No meu entender, nós não vamos tomar partido. Vamos continuar pela neutralidade e ajudar no que for possível em busca da solução", disse Bolsonaro, durante entrevista coletiva no Guarujá, litoral paulista, onde ficará durante o recesso do carnaval.
Ainda segundo o presidente, a conversa com Putin foi amistosa e houve até momentos de descontração.
"Ele gosta de motocicleta, outro esporte que ele faz e eu faço também. Quatro pessoas (na conversa). Falei no final que a conversa morreu aqui. É uma questão estratégica, que interessa para o nosso Brasil. Não posso abrir tudo que eu converso por aí. É quase como intimidade de casa com respectiva esposa ou esposo. O que posso dizer é que Putin tem um carinho grande conosco, é um país extremamente importante. A Rússia tem o dobro da área do Brasil", afirmou.
Segundo Bolsonaro, Putin demonstra interesse em explorar petróleo em águas profundas, enquanto o Brasil visa produções via pequenos reatores nucleares. Durante a entrevista, o presidente da República também falou de paz, dizendo ser esse o caminho, e destacou que problemas econômicos podem ser gerados por conta da guerra.