Política

Bolsonaro diz que não fará interferência nas eleições na Câmara e no Senado

Durante posse de ministro, presidente afirmou que torce para que "aconteça o melhor"

Por Da Redação
Ás

Bolsonaro diz que não fará interferência nas eleições na Câmara e no Senado

Foto: Reprodução/InfoMoney

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou nesta quinta-feira (17) que não vai interferir nas eleições da Mesa Diretora da Câmara e do Senado e disse que torce para que "aconteça o melhor" nas disputas. Apesar do discurso, no bastidores o governo tem oferecido cargos para tentar influenciar a escolhas dos novos presidentes das duas Casas. Na Câmara, Bolsonaro atua em favor do deputado federal Arthur Lira (PP-AL). Já no Senado ainda não há um candidato definido. A afirmação ocorreu durante cerimônia de posse do novo ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, no Palácio do Planalto. 

Enquanto defendia que o Congresso flexibilize os parâmetros de conservação da Estação Ecológica de Tamoios, área de reserva ecológica em Angra dos Reis (RJ), Bolsonaro disse que isso poderia ser tratado após a eleição da Mesa Diretora, mas afirmou que não irá interferir na disputa. Em seu discurso, ele chamou de "três mosqueteiros" e de "trio maravilhoso" três senadores do MDB que estavam presentes: Fernando Bezerra Coelho (PE), líder do governo no Senado; Eduardo Gomes (TO), líder do governo no Congresso; e Eduardo Braga (AM), líder do partido no Senado. 

"Tenho certeza que esse trio maravilhoso que está na minha frente aqui, resolvendo a questão da Mesa (Diretora) da Câmara e do Senado, não vou interferir em lugar nenhum...Eu não interfiro nos meus ministros, quem dirá em outro Poder. Mas vou torcer para que aconteça o melhor na Câmara, no Senado, e as propostas do governo, uma vez analisadas pelo Parlamento, elas tenham seu curso, sejam colocadas em votação, e a maioria decida o que é melhor.", disse. 

Na semana passada, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi demitido depois de vir a público uma mensagem com ataques ao titular da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos (um dos trechos dizia que o Planalto estava oferecendo cargos em troca de apoio na Câmara). "Não me admira o Sr Ministro Ramos ir ao PR pedir minha cabeça, a entrega do Ministério do Turismo ao Centrão para obter êxito na eleição da Câmara dos Deputados", escreveu Marcelo Álvaro. 

Na Câmara, o Palácio do Planalto acenou ao presidente do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), com a recriação do Ministério da Indústria e Comércio, pasta ocupada por ele na gestão de Michel Temer. Pereira desistiu da sua candidatura e declarou apoio a Lira. Entretanto, ele nega a oferta e também que o apoio do partido ao candidato de Bolsonaro tenha ocorrido em troca de cargos.  

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