Bolsonaro não vê problema em atraso para votar Previdência
Desde o início do ano, o governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, têm defendido que a votação ocorra antes do recesso parlamentar
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (21) que não vê problemas em um possível atraso na votação da reforma da Previdência (PEC 6/2019) na Câmara dos Deputados. "Minha experiência como parlamentar mostra que festa junina é quase uma festa religiosa, realmente parlamentar fica no seu estado. Se atrasar mais uma semana, não tem problema, toca o barco", falou.
O parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB) volta a ser debatido na Comissão Especial na próxima terça (25) e apenas depois que todos os inscritos (a lista conta com 78 deputados) é que o documento pode começar a ser votado. Até agora, em dois dias, 71 deputados debateram o texto.
A preocupação é que a Câmara fique esvaziada na próxima semana por conta das festas juninas, como é uma tradição, e que isso atrase a previsão de votar o parecer ainda no mês de junho. Apenas depois que for votada na Comissão Especial é que a reforma segue para o Plenário da Câmara, onde precisa passar por dois turnos de votação e receber em cada um deles, pelo menos, 308 votos dos 513 deputados.
Desde o início do ano, o governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, têm defendido que a votação ocorra antes do recesso parlamentar que se inicia em 17 de julho.
A oposição sinalizou que deve votar contra a reforma e os favoráveis ainda não estão certos de possuírem todos os votos necessários.