Política

Bolsonaro nega estar incomodado com protagonismo de Mandetta

Ministro da Saúde tem recebido elogios de apoiadores do governo e da população

Por Da Redação
Ás

Bolsonaro nega estar incomodado com protagonismo de Mandetta

Foto: Reprodução/ Correio Braziliense

Depois de ser confrontado com a crise global gerada pela pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro confiou no discurso político e na retórica criada para negar a dimensão do problema. Mas as decisões técnicas do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobressaíram e fizeram dele uma figura respeitada e com boa aceitação não só pelos apoiadores do governo, as também a população e até mesmo os opositores. 

Enquanto Mandetta diz que o mundo tem vivido semanas complicadas, devido o enfrentamento do coronavírus, Bolsonaro critica as decisões dos estados, a exemplo do fechamento do comércio, a proibição de serviços e de aglomerações de pessoas.

O ministro fala em alongar reduzir a velocidade das taxas de infecção para que o sistema de saúde pública e privada suporte a carga de paciente. No entanto, o presidente, positivamente ou não, saiu às ruas no dia 15 de março, dia da manifestação contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), apertou mão de eleitores e fez selfies. 

No Supremo Tribunal da Justiça (STJ), a avaliação é de que Mandetta vem sendo fundamental para o Brasil com medidas de enfrentamento da Covid-19. E os ministros acreditam que há uma tentativa do presidente de enfraquecê-lo e de abrir caminho para que ele saia do governo. 

Em uma sessão administrativa realizada pelo tribunal para tratar da disseminação do coronavírus e suas consequências, o presidente da Corte, Dias Toffoli, mandou um recado claro ao governo. “Se há uma pessoa inamovível hoje na República é o ministro Luiz Henrique Mandetta”, declarou, horas antes de se encontrar com Bolsonaro e com o ministro para anunciar medidas para amenizar a amplitude do problema.

No entanto, durante uma live pelo Facebook, Bolsonaro negou que esteja incomodado com o protagonismo do ministro da Saúde. “O problema viria, sabíamos disso. O sinal amarelo foi muito forte para nós na questão de como buscar os nossos irmãos lá na China. E começamos a nos preparar. Vocês têm um ministério que todos conversam entre si”, ressaltou. “Mandetta, por exemplo, estava um ministro normal. De repente, ele apareceu, precisou e está mostrando sua competência. Já vem fofoca dizendo que estou preocupado com a competência dele.”

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