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Bolsonaro publica apoio a AMB que defende autonomia do médico para prescrição de remédio

O posicionamento do dirigente da república é referente a um artigo divulgado da Associação Médica Brasileira

Ás

Bolsonaro publica apoio a AMB que defende autonomia do médico para prescrição de remédio

O presidente Jair Bolsonaro usou a conta do Twitter nesta segunda-feira (20),  defendendo a autonomia dos médicos na prescrição de remédios. De acordo com a publicação, a prática conhecida como Off Label "é consagrado na medicina" e para ser cumprida, teria que ter a "clara concordância do paciente".

 

O posicionamento do dirigente da república é referente a um artigo divulgado pela Associação Médica Brasileira, no último domingo (19),  defendendo a liberdade dos profissionais de saúde para realizar a prescrição da hidroxicloroquinas em casos dos infectados pelo novo coronavírus. De acordo com eles, não se pode "permitir que ideologias e vaidades, de forma intempestiva, alimentadas pelos holofotes, nos façam regredir em práticas já tão respeitadas". 

Em um trecho do documento, foi citado uma publicação da revista The Lancet, em 22 de maio, quando foi divulgado resultados de uma pesquisa que comprovaria a aparente ausência de efeitos da hidroxicloroquina no combate à Covid-19. Ainda segundo o presente documento, é afirmado que mesmo com o resultado "ruim", a população comemorava, o que levantava uma indagação. "Afinal, o que justificaria tamanha euforia diante de notícia tão frustrante para a saúde da população? justamente em um momento de ausência de tratamentos efetivos", indagou a diretoria da AMB. 

Segundo eles, essa comemoração estaria ligada a "ideologia ou partidarismo", já que a preocupação seria provar o erro político. "Não se pode clamar por ciência e adotar posicionamentos embasados em ideologia ou partidarismo, ignorando práticas consolidadas na medicina. Isso é um crime contra a medicina, contra os pacientes e, sobretudo, contra a própria ciência", continuou a AMB. 

Porém, dias depois, a The Lancet se desculpou e informou que iria “despublicar” o estudo, afirmando que as “certezas caíram por terra e o alarmismo contra o uso do fármaco silenciaram diante da perplexidade do caso". 

Em continuação, a restrição dos profissionais de saúde, poderá deixar "um legado sombrio para a medicina brasileira", causado, segundo eles, pelo "derby político em torno da hidroxicloroquina", e que o mais indicado seria liberar esse ato, para que, dessa forma, fossem atenuados os casos no país. 

Porém, a publicação em questão dividiu opiniões, até mesmo, entre a classe médica, a exemplo do médico e advogado sanitarista Daniel Dourado que configurou o posicionamento da AMB como "vergonhoso". "A nota da AMB é claramente uma declaração de apoio ao governo Bolsonaro", continuou ele, tendo apoio de outros usuários nas redes sociais. 

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