Bolsonaro questiona tese de obstrução de investigações após prisão de Braga Netto
Ministro foi preso pela PF, suspeito de tentar obter dados da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A tese de obstrução que levou à prisão do general Walter Braga Netto, ministro da Casa Civil e da Defesa, foi questionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste sábado (14). O ministro foi preso pela Polícia Federal (PF), suspeito de tentar obter dados da delação premiado do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
“Há mais de 10 dias, o ‘inquérito’ foi concluído pela PF indiciando 37 pessoas e encaminhando ao MP [Ministério Público]. Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?”, disse o presidente nas redes sociais.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) justificou, a favor da prisão preventiva, que a medida evita interferência nas apurações do caso. Mauro Cid confirmou, no dia 5 de fevereiro, deste ano, que Braga Netto e “outros intermediários” procuraram o pai dele, o general Mauro Lourena Cid, por telefone para saber informações sobre a colaboração premiada firmada pelo ex-ajudante de ordens.
Ainda há acusação contra Braga Netto de ser um dos articuladores do plano para golpe de Estado após o resultado da eleição presidencial de 2022. Ele foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro. A defesa do general diz que não houve obstrução às investigações.