• Home/
  • Notícias/
  • Mundo/
  • Bombardeios israelenses matam mais de cem em Gaza nas últimas 24 horas, dizem palestinos

Bombardeios israelenses matam mais de cem em Gaza nas últimas 24 horas, dizem palestinos

Exército israelense confirmou neste sábado (17) que conduz bombardeios e mobiliza tropas para controlar território

Por FolhaPress
Ás

Bombardeios israelenses matam mais de cem em Gaza nas últimas 24 horas, dizem palestinos

Foto: Reprodução/Redes sociais

Ataques de Israel à Faixa de Gaza deixaram ao menos 146 palestinos mortos e 459 feridos nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo pelo grupo terrorista Hamas. O Exército israelense confirmou neste sábado (17) que conduz bombardeios e mobiliza tropas como parte dos preparativos para obter controle sobre o território.

A ofensiva orquestrada por Tel Aviv desde quinta-feira (15) é uma das fases mais mortais de ataques desde o fim de um período de trégua, em março. Os últimos bombardeios ocorreram quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerrou sua passagem pelo Oriente Médio na sexta-feira (16), sem ter visitado Israel e sem progredir em acordos para diminuir a instabilidade na região.

"Desde a meia-noite, recebemos 58 mortos, enquanto um grande número de vítimas permanece sob os escombros. A situação dentro do hospital é catastrófica", disse o diretor do Hospital Indonésio no norte de Gaza, Marwan Al-Sultan, à agência Reuters.

O sistema de saúde de Gaza está praticamente inoperante, com hospitais atingidos repetidamente pelo Exército israelense durante os 19 meses de guerra e suprimentos médicos se esgotando. Desde o início de março, Tel Aviv impõe um bloqueio de ajuda humanitária, sob a justificativa de pressionar o Hamas a libertar os reféns ainda em seu poder.

A escalada do conflito, que inclui a concentração de forças blindadas ao longo da fronteira, faz parte das etapas iniciais da operação Carruagens de Gideon, que prevê a tomada completa do território de Gaza, a remoção forçada da população palestina -plano que críticos veem como possível limpeza étnica- e a rendição do Hamas.

Especialistas da ONU alertam que a fome se tornou ainda mais ameaçadora em Gaza depois que Israel bloqueou entregas de ajuda há 76 dias. O subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, questionou nesta semana o Conselho de Segurança sobre como agiria para "prevenir o genocídio".

Na sexta-feira (16), Trump reconheceu que a população de Gaza vive um contexto de fome extrema e que há necessidade de entrega de ajuda, à medida que cresce a pressão internacional sobre Israel para retomar as negociações de cessar-fogo e encerrar o bloqueio.

O ditador do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, pediu neste sábado que Trump faça mais pressão e empregue "todos os esforços necessários" em favor de um cessar-fogo na Faixa de Gaza. O egípcio participava de uma cúpula da Liga Árabe em Bagdá.

Enquanto isso, o Exército israelense ordenou que os habitantes de Gaza se deslocassem para o sul após fortes ataques na cidade de Beit Lahia, no norte, e no campo de refugiados de Jabalia. Residentes, no entanto, disseram que tanques estavam avançando em direção à cidade de Khan Yunis, no sul.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário