Boris Johnson renuncia ao cargo de deputado em meio a investigação de festas na pandemia
Mudança resultará em uma eleição parcial para ocupar sua cadeira no Partido Conservador

Foto: Reprodução/Twitter
O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou, na sexta-feira (9), sua renúncia ao cargo de deputado e atribuiu sua decisão à Comissão parlamentar que investiga o escândalo conhecido como "Partygate", referente às festas realizadas em Downing Street durante a pandemia de covid-19. Segundo Johnson, o efeito da decisão é imediato.
A mudança resultará em uma eleição parcial para ocupar sua cadeira no Partido Conservador. A renuncia expõe as divisões no governo e aumenta a pressão sobre seu sucessor, o atual primeiro-ministro Rishi Sunak, a apenas um ano das eleições legislativas.
O ex-chefe de Governo continua sendo alvo de investigação pela Comissão parlamentar, um ano após sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro, devido aos escândalos que ocorreram durante seu mandato. A comissão está analisando se Johnson mentiu ao Parlamento ao afirmar que as restrições da covid-19 foram cumpridas durante as festas realizadas em seu gabinete durante os períodos de confinamento em 2020 e 2021.
De acordo com a imprensa do Reino Unido, o procedimento, conduzido pela Comissão de Privilégios do Parlamento, está concluindo as investigações e acaba de entregar suas conclusões ao ex-premiê britânico. Em comunicado, Boris Johnson escreveu: "Recebi uma carta da Comissão de Privilégios que deixa claro, para minha surpresa, que estão determinados a usar o processo contra mim para me expulsar do Parlamento". Ele expressou tristeza ao deixar o Parlamento e acusou a Comissão de ser tendenciosa.