Bradesco diz que Americanas toma medidas "desesperadas" contra investigações
“Quanto mais surgem evidências mais desesperadas passam a ser as medidas adotadas pela Americanas", acusa o banco
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A batalha entre Americanas e Bradesco ganhou mais um capítulo esta semana, após o banco acusar a verejistas de assumir medidas "desesperadas" para atrapalhar as investigações sobre o escândalo contábil. Pouco antes da declaração, a instituição financeira recorreu à decisão da Justiça de São Paulo de suspender a perícia realizada pela Kroll em ação movida contra a varejista. As informações são do Metrópoles.
Em documento enviado à Justiça, o Bradesco classificou como "chicana" as recentes movimentações da Americanas. Isso porque a Americanas questionou a imparcialidade dda consultoria Kroll,
Segundo a varejista, há conflito de interesses a Kroll e o escritório Warde Advogados, que representa o Bradesco, em uma ação de “semelhante complexidade e repercussão midiática”, envolvendo o site de e-commerce Kabum, o Itaú BBA e o Magazine Luiza.
O banco rebate dizendo que “Quanto mais surgem evidências da participação dos controladores e dos conselheiros naquela que todos agora já chamam de a maior fraude corporativa do Brasil, mais desesperadas passam a ser as medidas adotadas pela Americanas para refrear as investigações e impedir que documentos comprometedores venham a público”, afirma.
Outro ponto levantado pelo Bradesco, é que o questionamento da Americanas vem com alguns meses de atraso, já que a Kroll foi escolhida em 30 de janeiro. "Há pelo menos seis meses, a Americanas sabe que há um outro litígio no qual o Warde Advogados representa os interesses de um cliente que contratou um parecer da Kroll para subsidiar sua briga. Logo, há muito tempo ela poderia ter arguido a fajuta suspeição que agora levanta", diz o Bradesco.
“O Bradesco não tem como dizer se a Kroll tem algum contrato paralelo com certos credores da Americanas para lhes prestar serviços na recuperação judicial da varejista ou em qualquer outra frente do litígio. O peticionário apenas pode dizer que, se for esse o caso, o banco autor decerto não é um desses credores”, continuou.