Brasil bate recorde de arrecadação pela exploração de minérios
Royalties fecharam 2020 com R$ 6 bilhões
Foto: Reprodução/ Agência Vale
Em meio à pandemia de Covid-19, ano em que a economia sofreu fortes impactos por causa da doença, a arrecadação de royalties da mineração no País atingiu a marca histórica de R$ 6 bilhões, segundo informou a Agência Nacional de Mineração (ANM). O valor representa um salto de 35% se comparado com 2019.
Mais uma vez o movimento foi impulsionado pelo câmbio e a escalada do preço do minério de ferro, sustentada pela oferta reduzida e a forte recuperação econômica da China no pós-pandemia.
Pelo segundo ano consecutivo o Pará foi o maior gerador da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) - nome técnico para royalty -, com 3,1 bilhões. O valor significa 41,09% acima do registrado no ano anterior, segundo calculou a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig).
"O setor não foi diretamente afetado pela pandemia, apesar de algumas paralisações. Esse aumento de 35% (da arrecadação) decorre de três variáveis importantes: o elevado apetite chinês no pós-pandemia, a valorização do preço do minério de ferro e a desvalorização cambial", explica a economista da Amig, Luciana Mourão em entrevista ao R7.
Pela legislação, 60% dos royalties vão para o município produtor. O restante é distribuído entre Estados (15%), outros municípios afetados pela mineração (15%) e a União (10%).