Brasil, China e países ocidentais condenam invasão russa durante reunião emergencial da ONU
Durante assembleia, embaixadores de vários países criticaram o posicionamento da Rússia perante o conflito
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Foto: ONU/John Isaac
Durante a reunião emergencial realizada pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira, 28, países ocidentais e a China condenaram a invasão de território da Ucrânia pelo governo russo.
Participaram da reunião: o embaixador da Ucrânia junto à ONU, Sergiy Kyslytsya; o embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya; o embaixador francês na ONU, Nicolas de Riviere e o secretário-geral da organização, António Guterres.
O embaixador da Ucrânia, Sergiy Kyslystsya, foi o primeiro a falar, e durante discurso condenou as ações do governo de Vladimir Putin e afirmou que "as próprias Nações Unidas estão sob ameaça, caso a Ucrânia não resista ao enfrentamento militar".
“Se a Ucrânia não sobreviver, a paz tampouco sobreviverá. Se a Ucrânia não sobreviver, a ONU não sobreviverá. Não se iludam: se a Ucrânia não sobreviver, não será uma surpresa se a democracia ruir em seguida”, declarou o embaixador.
O embaixador do Brasil, Ronaldo Costa Filho, afirmou que “ainda há tempo de parar a guerra… este é um momento decisivo para a ONU e para o mundo” e que está preocupado com a sucessão de eventos que levarão a um conflito maior, caso a guerra não cesse. “Todos sofrerão, não só os envolvidos na guerra, como os que pedem uma diminuição da agressão”, disse Costa Filho.
O embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, sugeriu que o começo dos conflitos entre país e a Ucrânia estaria no não cumprimento de acordos previamente estabelecidos. O embaixador se refere ao Acordo de Minsk, em que Rússia e Ucrânia se comprometeram com um cessar-fogo e com planos de reintegração das províncias separatistas do leste ucraniano.
Nicolas de Riviere, embaixador da França, disse que “ninguém pode desviar o olhar, a abstenção não é uma opção”.
Para finalizar, o secretário-geral da organização, António Guterres, disse esperar que as negociações “produzam não apenas uma interrupção imediata dos combates, mas também um caminho para uma solução diplomática”.