Brasil cria quase 72 mil empregos com carteira assinada em março
Número representa o pior resultado para o mês desde 2020

Foto: Marcello Casal JR/Agência Brasil
A economia brasileira gerou 71,6 mil empregos formais em março deste ano, segundo informado pelo Ministério do Trabalho e do Emprego nesta quarta-feira (30).
No total, de acordo com o Governo Federal, foram registradas em março os seguintes dados:
- 2,23 milhões de contratações;
- 2,16 milhões de demissões.
Em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando houve disponibilidade de 245,4 mil empregos formais, e gerou uma queda de 71%, de acordo com dados oficiais.
O número é também o pior resultado para os meses de março desde 2020, no auge da pandemia da Covid-19, quando ocorreu uma diminuição de 71%, de acordo com dados oficiais.
Os dados também representam o pior resultado para meses de março desde 2020, no auge da pandemia da Covid-19, quando ocorreu a demissão de 295 mil trabalhadores formais.
Confira os resultados para os meses de março:
- 2020: 295 mil vagas fechadas
- 2021: 154,2 mil empregos criados
- 2022: 99,16 mil vagas abertas
- 2023: 194,9 mil empregos criados
De acordo com analistas, a comparação dos números com anos anteriores a 2020 não é mais adequada pois o governo alterou a metodologia.
Primeiro trimestre
Segundo o Ministério do Trabalho, 654,5 mil empregos formais foram criados no Brasil nos três primeiros meses deste ano.
O número equivale a uma diminuição de 9,8% na comparação com o mesmo período de 2024, quando foram criadas 725,9 mil vagas com carteira assinada.
Os dados representam a menor geração de empregos para os três primeiros meses de um ano desde 2023, quando foram geradas 537,4 mil vagas formais.
No fim de março de 2025, ainda de acordo com dados oficias, o Brasil possuía saldo de 47,86 milhões de empregos com carteira assinada
O resultado equivale a um aumento na comparação com fevereiro deste ano (R$ 47,78 milhões) e com relação a março de 2024 (46,24 milhões).
Região Nordeste é única região que registrou queda
Os dados indicam que quatro regiões do país tiveram aumento das vagas no mês passado. Porém, o Nordeste registrou queda na geração de vagas. Confira os dados:
Sudeste: gerou 48.086
Nordeste: -13.199
Sul: 24.553
Centro-Oeste: 6.962
Norte: 5.170
Salário médio por contratação
De acordo com o informado pelo Governo Federal, o salário médio de contratação foi de R$ 2.225,17 em março deste ano, o que equivale a uma alta real, descontada a inflação, em relação a fevereiro deste ano (R$ 2.221,11).
Em comparação com março do ano passado, também foi registrado crescimento no salário médio de admissão. O valor no referido mês foi de R$ 2.195,92.
Os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores que possuem carteira assinada, ou seja, não incluem os informais.
Com essa métrica, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
De acordo com dados oficias, a taxa de desemprego no Brasil foi de 7% no primeiro trimestre de 2025. Esta foi a menor taxa de desemprego para um trimestre encerrando em março desde que o IBGE começou a calcular o índice em 2012.