Economia

Brasil diminui dependência da Ásia e gera abertura para comércio exterior

Percentual de produtos vendidos para o país asiático teve queda de 51,7% para 43,5% em um ano

Por Da Redação
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Brasil diminui dependência da Ásia e gera abertura para comércio exterior

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Com o aumento dos preços das commodities, a dependência do Brasil sob a Ásia caiu, gerando uma abertura ao comércio para outros continentes. A recuperação dos Estados Unidos e da Europa, por exemplo, causou interesse nos mercados locais sobre produtos nacionais enquanto a desaceleração comercial da China fez a participação asiática cair.

Quando comparado o 1º semestre de 2022 ao mesmo período de 2021, o percentual de produtos vendidos para a Ásia teve uma queda de 51,7% para 43,5%. Apesar do declínio, a participação da Ásia, sobretudo da China, segue relevante: 78% do saldo positivo da balança comercial vem da região.

As exportações ao Oriente foram 6,3% maior que o registrado no 1º semestre de 2021. O montante chegou a US $ 71 bilhões. No total, 8 de cada 10 dólares do superavit da balança comercial no Brasil são do comércio com a Ásia.

O país asiático, principal destino de produtos brasileiros, registra 29% de participação no comércio. Há 1 ano, esse espaço era 36,2%. Ainda assim, a China apresenta mais que o dobro de aquisições que o país norte-americano. 7 dos 10 principais produtos exportados pelo Brasil, como soja, minério de ferro e petróleo bruto, são comprados pela China.

Durante os 6 primeiros meses deste ano, a balança comercial apresentou superavit de US$ 34,3 bilhões. Com base nos dados do governo, ela deve alcançar US$ 81,5 bilhões até o final de 2022. Se confirmado, será recorde.

Entretanto, para o presidente da Associação dos Analistas de Comércio Exterior, José Augusto Castro, o saldo será de US$ 54 bilhões e não irá renovar o recorde de 2021. Grande parte das exportações é de commodities e o valor delas podem cair nos próximos meses.

Ele ressaltou que o acordo entre a Rússia e a Ucrânia para reabrir os portos no Mar Negro, em favor da exportação de grãos, como trigo e milho, já começa a refletir em valores menores nas cotações internacionais.

José Augusto Castro ainda disse que o Brasil tem capacidade de elevar e diversificar as exportações de manufaturados para o exterior. Até o momento, o envio da produção está concentrado na América do Sul. Para ele, uma reforma tributária e redução do “custo Brasil” são  bem-vindas para o setor.

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